Duarte Junior, ex-presidente do Procon do Maranhão, é uma das novidades na Assembléia (Foto: Reprodução/Facebook)

Os partidos da base aliada que elegeram o governador Flávio Dino (PCdoB) e o futuro senador Weverton Rocha (PDT) serão os maiores da Assembléia Legislativa do Maranhão.

Com sete nomes eleitos, o Partido Democrático Trabalhista terá a maior bancada na legislatura 2019-2022. A legenda recebeu, no total, 439.624 votos, e colocou na casa Dra. Cleide Coutinho (65.438 votos), Marcio Honaiser (56.322 votos), Rafael Leitoa (45.462), Glalbert Cutrim (42.773 votos), Dr. Yglesio (39.804 votos), Fabio Macedo (34.873 votos) e Ricardo Rios (33.202 votos).

Já o Partido Comunista do Brasil, com 431.184 votos no total, elegeu seis deputados: Duarte Junior (65.144 votos), Othelino Neto (60.386 votos), Carlinhos Florêncio (50.359 votos), Professor Marco Aurélio (47.683 votos), Ana Do Gás (44.321 votos), Adelmo Soares (43.974 votos).

As demais legendas elegeram no máximo três deputados, como é o caso do Partido da República (PR), Solidariedade e Partido Verde (PV).

Com dois deputados aparecem o Partido Progressista (PP), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).

Por fim, com apenas um nome, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), Partido Social Liberal (PSL), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Partido da Mobilização Nacional (PMN), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e Partido dos Trabalhadores (PT).

MARANHÃO À ESQUERDA

Ao eleger maioria à esquerda o eleitorado maranhense foge a regra nacional que deu uma guinada a direita. Enquanto escolhe manter no Palácio dos Leões o primeiro governador da história do Partido Comunista do Brasil,  votar nos dois senadores da coligação (além de Weverton, já citado, Eliziane Gama do PPS) e colocar a maioria dos partidos que sustentam a base do governador vermelho na Assembleia, derrubando assim o sarneísmo, a onda conservadora que vem crescendo no Brasil criou uma bancada Bolsonarista.

Mesmo sem tempo de tevê, com pouco dinheiro e um largo histórico de ofensas a minorias e a mulheres, Jair Bolsonaro (PSL) colocou no poder os correligionários que o abraçaram e seus próprios filhos.

Em São Paulo, por exemplo, os dois candidatos mais votados simpatizam com militar de extrema-direita: Janaína Paschoal, que recebeu mais de 2 milhões de votos, é a advogada que ficou popular por seu papel secundário na formulação do impeachment, mas com pouca notoriedade nos circuitos jurídicos brasileiros, além de ter sido reprovada em concurso público na Universidade de São Paulo (USP) por ter sua tese considerada de “lamentável profundidade”; e Arthur Mamãe Falei, com 400 mil votos, famoso por espalhar boatos na internet. A lista segue com Gil Diniz, conhecido como Carteiro Reaça e apoiador de Bolsonaro nas redes sociais, e Coronel Telheda, que se apresenta como PM de Cristo e solução para o mal do mundo.