A vacinação, apesar do ritmo constante, não tem avançado como deveria, e num país de mais de 200 milhões de habitantes, aplicar 1 milhão de doses por dia é muito pouco, ou quase nada.
Não há, portanto, nada que justifique se pensar em relaxar, pelo menos por ora, aquela que parece ser a segunda mais eficaz medida contra o novo coronavírus: o uso de máscaras.
Aos defensores da proposta, que têm citado casos como o de Nova York, por exemplo, um dado: o estado norteamericano só flexibilizou o uso das máscaras quando já registrava 60% da sua população adulta com pelo menos uma dose de imunizante tomada.
Os totalmente imunizados já chegavam a quase 50% quando isso ocorreu por lá.
No Brasil, segundo dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), atualizados até a noite de quinta-feira, 10, apenas 25,3% da população já tomaram uma dose de vacina. E ínfimos 11,1% receberam as duas doses.
Querer desobrigar o uso das máscaras agora é apenas mais um ato a confirmar o negacionaismo do atual comando do governo federal.
Menos mal que a proposta do presidente ainda foi submetida ao Ministério da Saúde a quem, no fim das contas, caberá a emissão de um parecer sobre o assunto.
Ainda há uma esperança de coerência…