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Brasil tem 60 mortos pelo coronavírus em 24 horas. Mais de 9 mil estão doentes
04/04/2020 08:49 em NOTÍCIA

São Paulo – O balanço oficial do Ministério da Saúde desta sexta-feira (3), sobre a pandemia do coronavírus, revelou 359 mortes, 60 a mais em relação a ontem. Já são 9.056 casos. A taxa de letalidade subiu para 4%, a maior desde o início do ciclo no Brasil. “Serão semanas difíceis, serão dias difíceis. Não estamos aqui para tapar o sol com a peneira”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva.

A espiral de crescimento dos números da covid-19, doença provocada pelo coronavírus, está ainda no começo no Brasil. A próxima semana tende a ser crítica na explosão de casos, mortes e também contágio. Diante desse cenário, a recomendação do ministério e de todos os órgãos de Saúde do mundo é clara: ficar em casa o máximo o possível.

Epicentro em São Paulo

O local mais delicado, principal epicentro da crise, é São Paulo. São 4.048 doentes com sintomas graves e 219 mortes, quase todas (214) na região metropolitana da capital.

O cálculo de especialistas aponta, ainda, para uma forte subnotificação; para cada doente registrado, ao menos 10 não chegam à contabilidade oficial. Mesmo com os 60 óbitos nas últimas 24 horas – aumento de 20% –, o ministério calcula que as medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos, estão mitigando o problema.

Efeito Bolsonaro

Mesmo diante da gravidade da situação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue minimizando as mortes, desprezando a saúde pública e até mesmo atacando o ministro Mandetta.

“Já tive pacientes em que a família do doente briga com o médico. Mas o compromisso do médico é com o paciente. Às vezes a notícia não é boa, a família pode não gostar. Isso é natural”, disse Mandetta sobre os atritos com o presidente. “Entendo que as reações são assim (…) Como vejo a queda de sistemas de saúde de todo o mundo, Itália, Espanha, Nova York. Minha posição é de cautela. Não acho que sejamos melhores que eles”, completou.

Números

Após São Paulo, o estado com o maior número de casos é o Rio de Janeiro. São 1.074 casos e 47 mortes, seguido do Ceará, com 627 casos e 22 mortes; Distrito Federal, 402 casos e cinco mortos; Minas Gerais, com 397 doentes e seis mortes; Rio Grande do Sul, com 396 casos e cinco mortos; e Paraná, com 396 casos e cinco mortos.

O maior grupo de risco é o dos idosos: 85% dos casos afetam essas pessoas. Dos doentes mais graves, 82% possuem comorbidades, como diabetes, hipertensão e asma.

Por região, o Sudeste concentra 62% dos casos de todo o país, ou 5.658 casos, com taxa de mortalidade de 4,9%. O Nordeste tem 15,4% dos doentes, com 1.399 casos. O Sul tem 10,8%, ou 978 doentes. O Centro-Oeste tem 6,6% dos casos, 594 infectados. E, por fim, o Norte tem 4,7% dos casos, com 427 doentes.

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