Serão julgados nesta sexta-feira (12), Rones Lopes da Silva, o Rony Boy, Enilson Vando Matos Pereira e Geovane Sousa Palhano, acusados da morte de Edson Carlos Mesquita da Silva. O crime ocorreu em dezembro de 2013, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Os denunciados são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, tortura e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de destruição (esquartejamento) e vilipêndio de cadáver (canibalismo). O julgamento será no 4° Tribunal do Júri de São Luís e a sessão será presidida pelo juiz titular da unidade, José Ribamar Goulart Heluy Júnior. O julgamento começa às 8h30, no Fórum Desembargador Sarney Costa no bairro Calhau.
Conforme consta na denúncia, o crime teria sido motivado por rivalidade entre facções criminosas. De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 23 de dezembro de 2013, por volta das 17h, na cela 01 do bloco “C” do presídio São Luís II (PSL II), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, os denunciados e outro detento (que já faleceu) mataram Edson Carlos Mesquita da Silva, esquartejaram, vilipendiaram seus restos mortais e destruíram o cadáver, conforme apontado na certidão de óbito e nos laudos de exame cadavérico e exame em local de morte violenta. Os restos mortais da vítima só foram identificados devido a uma tatuagem que tinha nas costas.
Uma das testemunhas declarou em juízo que no pavilhão em Pedrinhas, onde vítima e acusados estavam presos, nada acontecia sem a permissão de uma pessoa conhecida como Sapato, que seria o líder e recebia ordens de Rony Boy. Conforme o relato, no dia do crime, Edson Carlos Mesquita da Silva foi amarrado e espancado durante toda a noite, ficando desfigurado. Na época Rony Boy, que é acusado de ser o mandante do assassinato do detento, estava preso no Quartel da Polícia MilitaAinda, segundo a testemunha, todos os acusados são integrantes de uma facção criminosa denominada Anjos da Morte, da qual a vítima não era membro; que Edson Carlos Mesquita foi assassinado com uma faca artesanal e os denunciados retalharam o corpo, colocaram sal no cadáver, assaram e comeram o fígado da vítima e ofereceram aos demais detentos. Depois, colocaram as partes do corpo em sacos de lixos e deram para o faxineiro jogar fora.