As investigações começaram após a prisão de um criminoso considerado referência no desbloqueio de celulares, capaz de realizar o procedimento de forma remota.
Segundo os agentes, o suspeito também ministrava cursos online para ensinar o método. A partir de sua captura, a polícia identificou uma rede extensa de “clientes” distribuídos por todo o país.
Os alvos desta segunda-feira são receptadores ativos que enviavam aparelhos roubados para desbloqueio e lojistas que, após o procedimento, recolocavam esses dispositivos no mercado, dando aparência de legalidade aos bens. Entre os endereços alvos há lojas, boxes e quiosques de comércio de eletrônicos.
A polícia também identificou casos em que o desbloqueio era utilizado para acessar dados sensíveis das vítimas, permitindo abertura de contas bancárias, realização de empréstimos fraudulentos e movimentações indevidas.
A “Operação Rastreio” é considerada a maior iniciativa do Rio de Janeiro no enfrentamento a esse tipo de crime. Até agora, mais de 10 mil celulares foram recuperados, sendo 2.800 devolvidos aos proprietários, e mais de 700 envolvidos em roubos, furtos e receptação foram presos.