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Pablo Marçal desafia Bolsonaros e avança na direita.
NOTÍCIA
Publicado em 23/08/2024

Datafolha: Marçal cresce entre evangélicos, bolsonaristas, brancos e pardos.

Eleitores de 35 a 59 anos e com ensino médio ou superior também ajudaram influenciador a empatar na liderança, desidratando Nunes e Datena.

Pablo Marçal, o empresário e influencer que disputa a Prefeitura de São Paulo pelo minúsculo PRTB, conseguiu o que, até agora, nenhum outro político havia conseguido.

Desafiou a família Bolsonaro dentro do campo da direita e está conseguindo, por enquanto, ganhar simpatia e intenções de voto entre eleitores que sufragaram o ex-presidente - e contra a vontade dos Bolsonaros.

Sobram sinais desse avanço inédito, que provocou uma ríspida reação de Eduardo e Jair Bolsonaro nas redes sociais.

No Google Trends, que mede a quantidade de buscas por uma palavra, nome ou expressão no Google, Marçal conseguiu ultrapassar as buscas por Bolsonaro e por Lula

São Paulo

 

O influenciador Pablo Marçal (PRTB) cresceu em intenção de votos entre bolsonaristas, evangélicos, brancos e também pardos. Esses grupos puxaram o candidato para cima e o ajudaram a empatar tecnicamente com seus rivais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).

O influenciador Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, em debate na Band - Bruno Santos/FolhapressNo resultado geral, Boulos lidera numericamente com 23%, seguido por Marçal com 21% e o atual prefeito com 19%.

Os dados são da última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22), que mostra ainda um salto de Marçal entre adultos de 35 a 59 anos, entre pessoas que completaram o ensino médio ou superior e entre quem tem renda familiar de dois a cinco salários mínimos (cerca de R$ 2.800 a R$ 7.000).

Quem mais se desidratou nesses públicos, no geral, foi Nunes, com quem o autodenominado ex-coach disputa o eleitor conservador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em alguns casos, porém, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e Boulos também oscilaram para baixo.

O segmento onde Marçal mais avançou foi entre os que se classificam como bolsonaristas. Se no início de agosto ele tinha 25% das intenções de voto nesse grupo, tem agora 46%, ultrapassando Nunes, que encolheu de 37% para 26 O mesmo movimento aconteceu entre os eleitores do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que oficialmente apoia o prefeito, assim como Bolsonaro. Nesse público, Marçal saltou de 25% para 41% no período, enquanto Nunes caiu de 42% para 28%.

Levantamentos das consultorias Palver e Arquimedes demonstram que o fenômeno se repetiu em algumas redes sociais.

E mesmo nos meios onde Marçal não superou os dois astros da política brasileira, ele provocou fissuras no bolsonarismo.

 

Segundo a Palver, Marçal conseguiu também rachar os grupos de bolsonaristas no WhatsApp e no Telegram.

Muitas mensagens dizem que os eleitores de Bolsonaro não vão votar no candidato apoiado pelo ex-presidente em São Paulo, ou seja, o atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB.

 

Por qual motivo?

Grande parte dos bolsonaristas prefere um candidato "contra o sistema", como Marçal, do que um exemplar típico da política tradicional como Nunes.

 

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