O que aconteceu
Marçal comentou publicação do ex-presidente na rede social. No post, Bolsonaro apresentava números relativos a investimentos em ferrovias durante sua passagem pela presidência da república (2019-2022).
"Pra cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós", escreveu Marçal. O comentário do candidato à publicação do ex-presidente aconteceu logo após Bolsonaro pôr no ar seu post.
"Nós?
Um abraço", respondeu Bolsonaro.
A resposta reflete a tentativa do ex-presidente de afastar sua figura do empresário, que é rival de Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Nunes tem o apoio do Bolsonaro, que indicou seu vice, Mello Araújo.
Marçal pediu de volta R$ 100 mil reais doados a Bolsonaro em 2022.
Em resposta às declarações do ex-presidente, o empresário disse ter gravado "mais de 800 vídeos" para o ex-presidente.
"Entrei pra lista de investigados da PF por te ajudar", disse Marçal.
Se não existe o nós, seja mais claro.
Entendo sua palavra ao Valdemar Costa Neto, mas a honra e a gratidão são frutos de um homem sensato.
Todos os nossos desentenddimentos foram resolvidos, almoçamos esses dias, você me deu a medalha e eu continuo te respeitando
Pablo Marçal, em comentário no Instagram
Depois da confusão, Marçal postou foto com Eduardo Bolsonaro.
O deputado federal é filho do ex-presidente. "O Valdemar Costa Neto não representa o anseio dos conservadores de São Paulo", escreveu o empresário.
Candidatura de Marçal colocou Bolsonaro e bolsonaristas em lados diferentes.
Enquanto o ex-presidente apoia o prefeito que tenta a reeleição, seus correligionários se identificam mais com Marçal.
Bolsonaristas têm evitado demonstrar insatisfação nas redes sociais. Eles seguem a ordem do ex-presidente, que pediu a seus aliados que não compartilhem conteúdo em sua redes sociais .
Presença do prefeito nos atos convocados para o 7 de setembro será divisor de águas para o apoio de Bolsonaro.
A expectativa é que a manifestação tenha a presença de Marçal e Nunes em espaços diferentes.
Bolsonaristas afirmam que, se Nunes estiver presente e não se posicionar criticamente de forma contrária ao ministro do STF Alexandre de Moraes, deve haver uma debandada pública de lideranças que o apoiam.