Silvía Regina relata que o atendimento para o filho com hemofilia foi negado, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro do Araçagi.
A empregada doméstica, Silvía Regina, denunciou a falta de atendimento hospitalar de seu filho, Kaique Santos Pereira, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro do Araçagi, na Grande São Luís.
O jovem, de 18 anos, é diagnosticado com hemofilia, uma doença genética e hereditária que afeta a coagulação do sangue. Após sofrer uma queda no início da semana, Kaique foi atendido na UPA do Araçagi, onde exames identificaram uma hemorragia na região da cabeça.
A médica responsável pelo caso, do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar), orientou a internação imediata na UPA para administração de medicamentos, antes de haver a transferência do paciente para o Hospital Universitário Presidente Dutra.
No entanto, a espera da família por atendimento foi frustrada quando, às quatro da tarde, o atendimento foi negado pela equipe da UPA. Segundo Sílvia Regina, mãe de Kaique, os médicos alegaram problemas no sistema da unidade hospitalar e se recusaram a internar o jovem hemofílico.
“Os médicos da UPA disseram que não podiam internar ele, até porque eles disseram que o sistema [da unidade hospitalar] estava fora de área. Conversei com ele [o médico], pedi para ele uma receita, pelo menos para ele [Kaique] tomar o medicamento aqui. Disse [ao médico] que estava com os medicamentos e a receita, e ele disse que não ia, que não podia”, relatou Sílvia Regina à TV Mirante.
Diante do impasse, a equipe da TV Mirante buscou esclarecimentos junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre os motivos que impediram o atendimento emergencial ao jovem. Até o momento, a SES não emitiu nota explicativa acerca da recusa de cuidados médicos a um paciente hemofílico em situação delicada.
Por g1 MA — São Luís
23/11/2023 09h54 Atualizado há 20 minutos