a os invasores americanos e a relação entre Bolsonaro, Steve Bannon e Donald Trump também levantam suspeitas.
Bernie Sanders, senador americano, destacou que foram atos como o de hoje que levaram o Congresso americano a aprovar uma resolução na qual os EUA teriam de suspender qualquer cooperação com o Brasil caso um golpe ocorresse. "Estamos ao lado do governo democraticamente eleito e condenamos a violência autoritária", disse.
Em entrevista nesta noite à rede CNN, o chanceler Mauro Vieira disse que recebeu telefonemas de apoio por parte de ministros de Portugal, Espanha, Uruguai e diversos outros governos.
Segundo ele, o Itamaraty pode ter um papel "auxiliar" caso haja uma investigação que necessite identificar suspeitos no exterior de fazer parte dos atos criminosos neste domingo. De acordo com o chanceler, o Itamaraty não poupará esforços, caso seja solicitado a pedir a extradição de pessoas denunciadas nos EUA por fazer parte de movimentos golpistas. Sua mensagem aos líderes estrangeiros foi de que a democracia está preservada.
Nos EUA, país que viveu cenas similares, também se manifestaram em apoio ao Brasil. O presidente Joe Biden chamou os ataques de "ultrajantes".
"Condenamos os ataques contra a presidência, Congresso e Corte Suprema do Brasil hoje", afirmou Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano. "Usar violência contra instituições democráticas é sempre inaceitável", disse. "Nos aliamos ao presidente Lula para pedir um fim imediato a essas ações", declarou.
Assessores de Joe Biden, presidente americano, afirmaram que o chefe da Casa Branca acompanha com preocupação e que o apoio à democracia no Brasil é "inabalável".
"A violência não tem lugar nenhum numa democracia. Condenamos fortemente os ataques às instituições dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília, que é um ataque também à democracia. Não existe justificativa para esses atos", escreveu a embaixada americana em Brasília.
"A Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil condenam os ataques às instituições democráticas e aos edifícios governamentais em Brasília. Invasões por indivíduos que não aceitam um resultado eleitoral violam a democracia de um país. Exortamos o fim imediato desses ataques", afirmaram as representações americanas no Brasil.