A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que não poderá cumprir o prazo de 48 horas que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou para a parlamentar entregar a pistola dela e suas munições.
O ministro atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) em uma ação sobre o fato de ela ter apontado uma arma contra um homem negro, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições.
A entrega da pistola e das munições deverá ser realizada à Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal ou de São Paulo.
O que a deputada argumenta?
Segundo Zambelli, ela ainda "não foi intimada e conhecimento da sentença através da imprensa";
A parlamentar disse estar "centrada em missão oficial" e estará "fora do país até o dia 24 de dezembro", dois dias após o prazo-limite do STF.
Sendo assim, é impossível cumprir a ordem que a imprensa afirma que o Gilmar Mendes definiu
Carla Zambelli em nota enviada ao UOL
O que acontece se a parlamentar não entregar a arma e as munições?
Nesse caso, Gilmar indicou que será expedido um mandado de busca e apreensão contra a bolsonarista para a coleta da pistola e munições.
Qual é a missão oficial de Zambelli? Segundo a Câmara, a parlamentar visitará o Parlamento Italiano a convite do deputado Dimitri Coin. Ela palestrará no encontro das "comunidades brasileiras de Portugal e Espanha, a convite do Movimento Yes Brazil e da Revista Direita BR Europa".
Quem pagará os custos da "missão oficial"? À reportagem, a Câmara confirmou que arcará com os custos da viagem e explicou que a parlamentar está em "missão oficial de 13 a 23 de dezembro de 2022".
A viagem é com ônus para a Câmara e os valores ficarão disponibilizados no Portal logo quando estiverem computados no sistema de viagens em missão oficial
"Missão oficial." O UOL checou que a única viagem de "missão oficial" que consta no nome da parlamentar no site da Câmara é uma viagem para Washington, nos Estados Unidos, em janeiro de 2022, com diárias de R$ 10.939,68.