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Serviço de inteligência dos EUA tem três meses para explicar origem da covid-19
Publicado em 27/05/2021 09:17
NOTÍCIA

Joe Biden, presidente dos EUA, ordena à comunidade de inteligência a apresentação, em um prazo de 90 dias, de um relatório sobre a fonte da covid-19. Crescem suspeitas de que coronavírus possa ter surgido de acidente em laboratório de Wuhan, no centro da China

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos têm três meses para informar à Casa Branca se a covid-19 surgiu na China a partir do contato com um animal ou de um acidente no laboratório do Instituto de Virologia de Wuhan, na províncie de Hubei (centro). O ultimato foi anunciado, ontem, pelo próprio presidente norte-americano, Joe Biden. “Pedi à comunidade de inteligência para que redobre os esforços na coleta e análise de informações que possam nos aproximar de uma conclusão definitiva e para que reporte a mim em 90 dias”, afirmou, em comunicado à imprensa. “Como parte deste relatório, solicitei áreas de investigação adicional que podem ser necessárias, incluindo questões específicas para a China.”

Biden também exigiu que o Congresso seja “totalmente informado” sobre o avanço da investigação. O presidente advertiu que “o fracasso em colocar inspetores” do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) “sempre dificultará qualquer investigação sobre a fonte da covid-19”.


A pressão da Casa Branca para decifrar a origem do Sars-CoV-2 — que matou 3,4 milhões de pessoas no mundo, incluindo 454.429 brasileiros — ocorre no momento em que Austrália, Japão e Portugal pedem à Organização Mundial da Saúde (OMS) a apuração dos fatos sobre a origem da pandemia. Depois de visitarem Wuhan, no início do ano, especialistas da OMS concluíram que a transmissão da covid-19 a partir de um animal intermediário é uma hipótese “muito provável”. Segundo eles, a tese avalizada pelo ex-presidente Donald Trump de que o coronavírus surgiu de um incidente em laboratório é “extremamente improvável”.
Mais cedo, as autoridades chinesas acusaram os EUA de espalharem “teorias conspiratórias”. O jornal The Wall Street Journal publicou que teve acesso a dados secretos da inteligência americana relatando que três cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan haviam apresentado, em novembro de 2019, “sintomas compatíveis tanto com os de covid-19 quanto de uma infecção sazonal”. A informação, negada categoricamente por Pequim, sugere que o coronavírus possa ter “escapado” do laboratório em Wuhan. De acordo com Biden, os EUA seguirão trabalhando com parceiros para pressionar a China a participar de uma “investigação internacional completa, transparente e baseada em evidências”.

 

 
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