O formato da competição segue o modelo já implementado na edição passada. Na primeira fase, 16 times se enfrentam entre si em turno único e os oito melhores se classificam para a segunda fase, as quartas de final. A partir daí, os confrontos são disputados em jogos de ida e volta até a grande final.
Além do clássico paulista, a rodada tem como destaque a reedição da final do Brasileirão Feminino A2, com o duelo entre Cruzeiro e São Paulo. Já a atual campeã, a Ferroviária, começa a busca pelo tri com um duelo diante do Audax. O campeonato ainda conta com a atuação de atletas da Seleção, como Cristiane (Santos), Duda (São Paulo), Andressinha (Corinthians) e Bárbara (Kindermann-SC).
Contratações e reforços
Atuais campeãs do Brasileiro e referências na modalidade, a Ferroviária e a técnica Tatiele Oliveira querem defender o título que conquistaram em cima das meninas do Corinthians em 2019. A equipe grená foi finalista da Libertadores e é considerada uma das favoritas.
No ano passado, o Timão conquistou a Libertadores e o Paulistão, mas a derrota nos pênaltis para a Ferroviária no campeonato nacional ficou entalada na garganta da equipe. Para 2020, o time conta com o reforço da meia Andressinha, que já disputou duas Copas do Mundo e uma Olimpíada.
O São Paulo sofreu algumas perdas importantes em relação à temporada passada, com a transferência da craque Cristiane para o Santos e a meia Ary Borges para o Palmeiras. Porém, o tricolor trouxe como reforço a centroavante Glaucia, considerada a melhor de sua posição no Brasileirão de 2019, e Duda, recentemente convocada pela Seleção.
Em parceria com a cidade de Vinhedo, o Palmeiras reativou o seu projeto de futebol feminino no ano passado e ascendeu a Série A1. Para 2020, o alviverde conta com os reforços de Ary Borges e Ottilia, ambas do São Paulo, e a experiente lateral Rosana, da Ferroviária.
Com vasta tradição na modalidade, o Santos modificou bastante o seu time com relação à temporada anterior. Cristiane e Thaisinha são as principais aquisições do clube na disputa pelo campeonato deste ano.
Ferroviária é atual campeã do Brasileirão Feminino - Van Campos/FotoArena/Estadão Conteúdo
O Audax chegou às quartas de final da competição em 2019, mas acabou eliminado pelo Kindermann-SC. Formado em sua maior parte por atletas locais e de pouca idade, o time está completamente reformulado: o clube contratou 20 novas jogadoras e não renovou com nenhuma.
Sob o comando do técnico Jorge Henrique, o Cruzeiro manteve uma base do elenco e reforçou o time com a chegada de 10 novas atletas. Destaque para a chegada da atacante Thamirys e da lateral Thalita, ambas com passagem pela base da seleção brasileira.
Campeão carioca do ano passado, o Flamengo mantém a parceria com a Marinha do Brasil. Foram sete novas contratações para reforçar o clube. O mesmo processo aconteceu no Grêmio, que contratou seis novas atletas para reformular a equipe e garantir a permanência na Série A1.
Após terminar a última temporada na quinta posição, o Internacional segue sob o comando do técnico Maurício Salgado. O Colorado trouxe como reforço três novas jogadoras, com destaque para a meia Djenifer Bekcer, que era capitã do Iranduba-AM.
Referência no futebol feminino, o Iranduba brigou contra o rebaixamento em 2019. Em crise financeira, o time perdeu jogadoras simbólicas no elenco e agora tenta se reestruturar para 2020. Já o Kindermann-SC mantém a parceria com o Avaí e sonha com o título nacional. O time tem como destaque a goleira Bárbara, da Seleção Brasileira, e a atacante Letícia Amador, eleita a melhor do Brasileirão 2018.
Formado através de um projeto social em Brasília, o Minas Incep aos poucos tem se transformado em um time profissional. Disputa a Série A1 pela segunda vez e manteve a maior parte do elenco. Ao contrário da Ponte Preta, que precisou montar um time do zero ao encerrar a parceria com o Rio Preto. Até o momento, 13 nomes foram anunciados.
O São José, que foi eliminado nas quartas de final pelo Corinthians, chega com um elenco totalmente reformulado para 2020. Sob comando do técnico Adilson Galdino, somente seis jogadoras permaneceram no clube, enquanto outras 16 foram contratadas.
Já o Vitória aposta na base para a nova temporada. Com o técnico Lucas Grillo à frente, o rubro-negro baiano coloca um time jovem na disputa, tendo como base o elenco que disputou o Brasileiro Sub-16 no passado, chegando até as semifinais do torneio.
A primeira partida do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino será exibida pela Band neste domingo, 9, às 14h. O clássico Palmeiras e Corinthians será narrado por Ulisses Costas, com comentários de Alline Calandrini e reportagem de Chico Garcia.
"Torcedor pode esperar muita garra", garante Victoria Albuquerque
