Dos 16 investigados, 13 são policiais militares, um policial civil e duas pessoas comuns. Até o fim desta manhã, dez PMs, os dois homens e o policial civil haviam sido presos.
O delegado Gustavo Jung afirma que um inquérito, com 227 páginas, reúne material comprobatório para indiciar todos os investigados. Entre os crimes supostamente praticados por eles estão associação criminosa, roubo de carga, extorsão, tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo e até assassinatos.
"Cobravam de 20 a 30 mil reais para executar. Pelo menos dois casos foram concretizados", conta o delegado. Entre os supostos alvos do Grupo, estavam "arquivos vivos" ou pessoas que poderiam atrapalhar as ações criminosas.
Gustavo Jung disse ao Cidadeverde.com que os PMS presos ocupam postos que vão de soldados a subtentes.
A investigação que resultou na prisão, iniciou há um ano, após ser identificada a participação de policiais no roubo de carga de um depósito. O delegado não soube informar qual valor os envolvidos teriam conseguido com as ações criminosas. "Foi uma razoável quantia financeira", disse.
O secretário estadual de segurança, Fábio Abreu, declarou que, mais um vez a polícia corta da "própria carne" e deixa claro que não age com "corporativismo". A operação foi denominada Dictum, que significa limpeza.
"É uma limpeza que estamos fazendo nas nossas instituições cumprindo o nosso dever", disse Abreu.
O comandante da PM do Piauí, coronel Lindomar Castilho, adiantou que, se comprovada a participação dos policiais no crimes, "os destino é a exclusão" dos quadros da corporação.
Todos os policiais investigados são lotados em Teresina. Três militares estão foragidos, mas devem se apresentar nas próximas horas.
As informações foram divulgadas em entrevista coletiva, na manhã de hoje, que contou com a participação do delegado geral Luccy Keiko, delegado Tales Gomes e o Ministério Público Estadual