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Atirador, marido e sogro são indiciados pelo assassinato de influenciadora em Santa Luzia
Marido de Adriana, Valdiley Paixão, fez o reconhecimento de João Batista, já preso, como o atirador no dia do crime, pela primeira vez. Porém, ele já conhecia o criminoso antes do assassinato e omitiu a informação, segundo a polícia.
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 16/04/2025 07:14
POLÍCIA
João Batista, Valdiley Campos e Antônio Silva são apontados pela polícia como autores do assassinato de Adriana Oliveira

 

A Polícia Civil informou que concluiu as investigações envolvendo o assassinato da influenciadora digital Adriana Oliveira, de 26 anos, morta a tiros em Santa Luzia, no dia 15 de março. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que irá analisar se encaminha a denúncia à Justiça pelo crime de feminicídio.

Segundo a Polícia, três pessoas participaram do crime, que ainda não teve a motivação esclarecida. São eles:

— João Batista dos Santos, conhecido como “Bruno Macumbeiro” - Suspeito de ser o homem que atirou contra Adriana, ao chegar na residência em uma moto

— Valdiley Paixão Campos - marido de Adriana

 

— Antônio Silva Campos, conhecido como 'Antônio do Zico' - sogro de Adriana

Uma das últimas informações que colaboraram com o entendimento da polícia sobre crime vieram de Valdiley, após um último depoimento prestado na unidade prisional onde está preso, em São Luís.

Valdiley - que estava na residência com Adriana, no dia do crime - disse que viu João Batista durante a triagem, na penitenciária, e o reconheceu como a pessoa que atirou contra a esposa. Segundo a polícia, essa informação complica João Batista, mas também o próprio Valdiley.

"Nesse novo interrogatório, ele [Valdiley] acrescentou a informação de que reconhece o João Batista dos Santos como sendo a pessoa que atirou na esposa dele. As características que ele deu no dia do crime batem com o do João Batista, mas isso não muda nada em relação a ele, que permanece indiciado. A gente tem outros indícios de participação dele [Valdiley] no próprio local do crime", afirmou o delegado Allan Santos, que conduz as investigações.

Segundo as investigações, em outra ocasião, antes do crime, Valdiley teve contato com o João Batista. Portanto, já o conhecia, mas, decidiu omitir a informação para atrapalhar o início das investigações.

 

 

"A gente sabe que ele [Valdiley] já sabia quem era essa pessoa, o atirador. O João Batista esteve na residência dele em uma outra oportunidade, recentemente, para verificar um trator e ele [Valdiley] que ligou o trator, mostrou, então se ele não soubesse o nome, no mínimo ele saberia as características ou no mínimo ele diria que era alguém parecido com ele. Então isso é mais um indício. Ele [Valdiley] somente reconheceu depois de a gente identificar a participação do João Batista no crime", acrescentou o delegado.

Em relação ao 'Antônio do Zico', a polícia o indiciou por conta de áudios da Adriana, antes do crime, que indicavam que ela tinha medo do que o sogro poderia fazer com ela. A Polícia Civil afirma também que identificou o depósito de dinheiro, feito por Antonio, a uma conta ligada ao atirador, João Batista.

Autor dos disparos preso

 

 

João Batista dos Santos, de 55 anos de idade, conhecido como “Bruno Macumbeiro”, foi preso na cidade de Paraibano (MA) como suspeito de ter executado a influenciadora digital Adriana Oliveira, em Santa Luzia.

A prisão aconteceu após o marido da influenciadora, Valdiley Paixão, ter relatado à polícia que um homem teria invadido a residência do casal, atirado em Adriana e fugido em uma moto.

As características do homem descrito por ele, segundo a polícia, são semelhantes as de um homem que aparece nas imagens trafegando em alta velocidade, em uma motocicleta preta, em uma avenida nas proximidades de onde a influenciadora digital morava.

As imagens foram registradas no mesmo dia em que Adriana foi morta a tiros. As investigações apontam que João Batista pode ser esse homem que aparece nas câmeras.

Transferências bancárias e conversa entre os suspeitos

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Maranhão, delegado Maurício Martins, outros indícios que apontam para a participação de João Batista no crime são supostas transferências bancárias entre ele e o marido e sogro da vítima, além do registro de uma conversa telefônica entre os três.

“São transferências bancárias dos dois primeiros indivíduos que foram presos, um dia após o crime, para a conta de familiares do indivíduo que foi preso hoje; e também uma conversa telefônica que, em certo momento, eles preferiram parar a conversa, para manterem o diálogo de forma presencial, com medo assim de um suposto vazamento, de alguém ouvir aquela conversa. Então, esses são os principais pontos que nos levam a crer da participação desse indivíduo", destacou o delegado Maurício Martins.

O delegado aponta, ainda, que João Batista, que mora na cidade de Santa Inês, também é acusado de matar outras duas pessoas em Pedreiras, com características de pistolagem.

"Anos atrás, praticou crimes na cidade de Pedreiras. Foram dois homicídios com características de pistolagem, portanto, já é indivíduo que tem envolvimento com crimes. Aliados a esses indícios, nós fizemos uma representação pela terceira prisão dele, portanto, são três prisões que vão acontecer. Os dois cumprimentos do mandado de prisão pelos crimes de homicídio da cidade de Pedreiras e mais um agora, da influenciadora Adriana, que nós já demos entrada e vamos dar cumprimento também", explicou o secretário.

Comportamento de sogro e marido elevaram suspeitas

 

O marido da vítima, Valdiley Paixão Campos, e o pai dele, Antônio do Zico, sogro de Adriana, são os principais suspeitos do crime

 

Contradições nos depoimentos e análise de imagens de câmeras levaram a Polícia Civil do Maranhão a prender Valdiley e Antônio omo suspeitos. Além disso, em áudios, a vítima relatou estar "trancada" em casa com medo do sogro.

De acordo com o delegado-geral Manoel Almeida, após a influenciadora ter sido baleada, o marido teria prontamente acionado a Polícia Militar, em vez de acionar o Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU), para que pudesse prestar socorro à vítima. Isso teria gerado nos policiais uma desconfiança sobre o comportamento dele.

Áudios da vítima

Além disso, áudios da vítima em que ela diz, a uma pessoa não identificada, estar trancada em um quarto com medo na sua própria casa, ajudaram a reforçar a hipótese da suposta participação do marido e do sogro no crime.

Pai e filho estão presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. A defesa de Valdiley Campos Paixão e Antônio do Zico alega que os dois são inocentes.

 

 

A polícia trata o caso como feminicídio, devido à gravidade das circunstâncias envolvendo a morte de Adriana. A motivação do crime ainda é investigada.

 

Com informações do g1 MA

 

 

 

 
 
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