Sem condições de comprar o remédio, a família de Madalena Dutra está desesperada.

Uma estudante, de 18 anos, está há quatro meses sem a medicação que toma para controlar uma doença autoimune, a Púrpura. Sem a medicação, a doença pode evoluir e até levar a morte.

O medicamento Revolade, que custa R$ 5 mil, é fornecido pela Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (FEME). Sem condições de comprar o remédio, a família de Madalena Dutra está desesperada.

A jovem sofre com fraqueza, indisposição e manchas pelo corpo.

“Eu tô um pouco cansada e um pouco com falta de ar. E, às vezes, eu fico me tremendo sem sentir alguma coisa”, relata a jovem com dificuldade, por conta dos sintomas da doença.

Dona Rosemary, que é madrinha de Madalena e responsável pelos cuidados com a jovem, afirma que tem passado dias desesperadores, porque a filhada está sem o remédio que precisa tomar para continuar viva.

“Vai fazer quatro meses que ela não toma esse medicamento. E ela já está sentindo fraqueza, ela já está com as manchas. E eu estou muito preocupada, porque no ano passado ela se internou, passou 16 dias no Dutra (Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - HUUFMA) e agora ela está sem tomar esse medicamento e eu não sei como é que vai ser”, lamenta Rosemary Rodrigues.

O remédio Revolade, que é caro e não é vendido em farmácias comuns, deve ser tomado por Madalena pelo resto da vida. O fornecimento desse medicamento é feito pela FEME, mas o remédio está em falta.

Sem o medicamento, a jovem sofre com hemorragias, as plaquetas do sangue caem de 360 mil para 6 mil ou até 12 mil plaquetas levando a hemorragias severas.

“Ela chora muito com medo de morrer, porque ela é uma jovem, ela só tem 18 anos”, destaca a Rosemary.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que houve um atraso na compra da medicação devido à falta de componentes no mercado farmacêutico.

A Secretaria disse, ainda, que o processo de compra já está em andamento, mas não deu previsão de quando o remédio estará disponível para os pacientes.

Por g1 MA e TV Mirante

12/09/2023 19h14  Atualizado há 13 horas