Ao UOL, ex-árbitros analisaram dois lances polêmicos dos jogos do final de semana do Brasileirão. Eles foram unânimes sobre o pênalti não marcado para o Flamengo, no jogo contra o Palmeiras, mas divergiram a respeito da penalidade assinalada a favor do Santos, que resultou na vitória diante do Goiás.
Confira as opiniões e veja os lances abaixo.
Sálvio Spinola
Lance do Flamengo: "Carga nas costas é falta. A regra permite ombro a ombro, lateralidade, e não foi isso que ocorreu. Foi nas costas, não teve disputa da bola. Pênalti deveria ter sido marcado e VAR deveria recomendar a revisão no monitor".
Pênalti do Santos: "Jogador [do Goiás] já tinha ocupado o espaço, estava ali e fez força para continuar no local, ocupar o espaço. Nada a marcar, isso não é pênalti. Correta recomendação de revisão do VAR, errou o árbitro em considerar ação faltosa".
Nadine Basttos
Lance do Flamengo: "Richard Ríos faz uma carga nas costas do Everton Ribeiro, isso é falta. O pênalti deveria ter sido marcado."
Pênalti do Santos: "Não foi pênalti! Contato de jogo, ombro a ombro. O VAR recomendou a revisão corretamente, mas o árbitro manteve a penalidade que, na minha opinião, não existiu."
Guilherme Ceretta
Lance do Flamengo: "Pênalti claro que deveria ter sido marcado. O jogador do Palmeiras faz a carga nas costas do jogador do Flamengo. Isso prova que o mundo do futebol gira muito rápido. A máxima que a arbitragem ajuda o Flamengo e que o Palmeiras estava sendo prejudicado 'intencionalmente' foi por água abaixo em um único lance.
Pênalti do Santos: "Pênalti muito bem marcado. O jogador do Goiás abandona a disputa pela bola para ir no corpo do adversário.
Alfredo Loebeling
Lance do Flamengo: "O lance a favor do Flamengo é um pênalti muito claro. É falta. Se fosse fora da área, tenho certeza que marcaria. Não tem como justificar a não marcação. Acho que foi um erro grosseiro.
Pênalti do Santos: "Tive que ver o lance 35 vezes para poder ver o que tinha acontecido. Tem um cara despencando na área... Se, em lances assim, for marcar penalidade, serão 300 por jogo. Não tem como interpretar uma coisa diferente que não seja uma jogada normal".
João Paulo Araújo
Lance do Flamengo: "Foi uma carga imprudente do jogador do Palmeiras, atingindo praticamente as costas do atleta do Flamengo. Portanto, pênalti claro. O árbitro e o VAR, mais uma vez, fizeram uma grande trapalhada. Agora, não esqueçamos a pressão que o Palmeiras vêm fazendo em cima da arbitragem. Isso talvez tenha pesado na decisão do lance".
Pênalti do Santos: "Pareceu-me que a carga do jogador do Goiás foi ombro a ombro. Embora seja fora do lance, é um pouco mais dura. Foi uma jogada que acontece muito durante o transcorrer do jogo e é permitida. Lance legal, pênalti mal marcado".
Manoel Serapião
Lance do Flamengo: "Tiro penal claríssimo não marcado. O jogador do Palmeiras não tinha possibilidade de disputar a bola e deu a carga por trás apenas para impedir que o atacante do Flamengo jogasse a bola. Cometeu a infração. O VAR atuou incorretamente, porque o pênalti para ser chamado não precisa ser 'grosseiro', basta ser claro".
Pênalti do Santos. "Infração porque o defensor do Goiás deixou de jogar a bola para ir de encontro ao corpo do adversário. Não importa se não alcançaria a bola, é uma ação para impedir o adversário de jogar, carga fora do tempo de bola. Como houve contato físico, tiro penal bem marcado. O VAR atuou corretamente porque confirmou a decisão do árbitro".
Emídio Marques
Lance do Flamengo: "Falta dentro da área. Carga faltosa do palmeirense contra as costas do flamenguista. Pênalti".
Pênalti do Santos: "Lance de choque acidental entre dois jogadores adversários dentro da área, que olham para a bola ao alto. Nada a marcar, para mim não houve pênalti".
Reclamação flamenguista
O lance polêmico ocorreu os 33 minutos do segundo tempo, no Allianz Parque, quando o Palmeiras ainda vencia pelo placar parcial de 1 a 0.
Everton Ribeiro foi lançado na área e caiu após receber contato de Richard Ríos. O jogador palmeirense havia sido amarelado minutos antes.
O árbitro Ramon Abatti mandou seguir, e o VAR não sugeriu revisão. O gol de empate saiu logo depois.
Diretores do Fla reclamaram sobre o lance. Marcos Braz, vice-presidente de futebol, e Cacau Cotta, diretor de relações externas, protestaram nas redes sociais.