Ministro da Secom cobra punição dos responsáveis pela Lava Jato, que deixou um rastro de destruição econômica e institucional.
O ministro Paulo Pimenta, da Secom, cobrou a punição do ex-juiz suspeito Sergio Moro, hoje senador, e do ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol, pelos crimes cometidos por ambos durante a Lava Jato.
"Cada vez que mais conversas da Lava Jato são divulgadas aumenta minha perplexidade e minha indignação de como o Brasil foi capturado por essa quadrilha de bandidos de togas. Moro e Deltan comandaram uma sofisticada organização criminosa com ramificações em vários setores do aparato do Estado brasileiro.
Uma perigosa organização que nunca mediu limites e jamais teve escrúpulos para alcançar seu projeto de poder", postou Pimenta, em suas redes.
"Que todos sejam identificados e respondam exemplarmente pelos crimes cometidos contra a democracia.
Nenhum tipo de impunidade pode ser tolerada contra esse bando e seus cúmplices", cobrou o ministro. Saiba mais sobre o caso:
Conversas entre procuradores da extinta "lava jato" mostram que a operação desejava "ferrar" com o advogado Tacla Duran, pivô de acusações contra Deltan Dallagno e o ex-juiz Sergio Moro.
Os integrantes do MPF de Curitiba também falam em fechar a construtora Odebrecht.
O diálogo é de 17 de junho de 2016 e faz parte do acervo apreendido pela Polícia Federal durante a operação "spoofing". Nele, o procurador Orlando Martello sugere a leitura de um depoimento para quem quiser "ferrar Tacla Duran", conseguir a prisão perpétua de Marcelo Odebrecht ou fechar a construtora.
"Pessoal, depoimento longo, mas sugiro a sua leitura para quem estiver negociando no caso da ODE, bem como para quem quiser ferrar TACLA DURAN, para quem quiser fechar a ODE, para quem quiser prisão perpétua para MO [Marcelo Odebrecht]", disse.
O ex-procurador Diogo Castor, demitido em outubro de 2021 por encomendar um outdoor lavajatista instalado em Curitiba, comentou que queria "prender" o advogado.
"Eu quero prender o tacla. recomendado tb [também]?", afirmou.
Roberson Pozzobon disse para o colega se acalmar, porque o pedido de prisão de Tacla estava pronto, mas que a "lava jato" aguardaria a "posição dos americanos" antes de tomar os próximos passos contra o advogado.
Durante a operação, procuradores atuaram de forma clandestina junto aos Estados Unidos.
"Te acalme Castor. Pedido tá pronto, mas vamos aguardar a posição dos americanos pos reunião da próxima segunda pra protocolar. Eu sei que a vontade, sua, minha, de todos nós é GRANDE", disse Pozzobon.
Os procuradores Athayde Ribeiro Costa e Laura Tessler também se juntaram ao grupo. "Aquele BAFO DE ONÇA vai gerar rebeliao na carceragem. Ninguem aguenta", disse Athayde sobre Tacla Duran. "Bom prender logo", complementa Tessler.