Um homem morreu após contrair ameba comedora de cérebro, ao usar água da torneira para lavar o nariz, no estado da Flórida (EUA). Segundo a FOX 4, ele morreu no dia 20 de fevereiro.
A ameba pertence à espécie Naegleria fowleri e pode ser encontrada em fontes de água doce, como rios e lagos. Embora a infecção por este tipo de ameba seja rara, ela pode desencadear quadros graves que, na maioria das vezes, levam à morte.
No ano passado, alguns casos foram relatados nos EUA, inclusive de um menino de 13 anos. Por enquanto, não há registros desse tipo de contaminação no Brasil.
O que é a ameba comedora de cérebros?
É um protozoário de vida livre que não precisa de hospedeiros para sobreviver, comumente encontrado em água doce poluída ou limpa, como rios, pequenas coleções hídricas, rede pública de abastecimento e piscinas.
De acordo com um estudo publicado por pesquisadores da Universidade Católica do Chile e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis (RJ), essa ameba tem preferência por águas quentes, podendo sobreviver a temperaturas entre 40ºC e 45ºC.
A ameba come o cérebro?
O nome "comedora de cérebro" não é por acaso. Nos humanos, o protozoário entra pelo nariz, chega até o cérebro e ataca os tecidos do órgão, levando à morte em poucos dias. Até então, não foi identificada transmissão de uma pessoa para outra.
Quais são os sintomas da infecção?
Os primeiros sintomas aparecem, geralmente, sete dias após o primeiro contato com o protozoário e ocorrem de forma intensa. A pessoa pode sentir:
Febre alta
Dor de cabeça intensa
Vômitos
Alteração sensorial
Convulsões
Essas manifestações podem evoluir rapidamente, em torno de uma semana, para coma e morte, se não houver tratamento.
as infecções são raras, o diagnóstico pode ser demorado, o que explica a alta taxa de mortes —97% dos casos, segundo o órgão americano CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).
Qual é o tratamento?
Identificada a contaminação pela ameba comedora de cérebros, o tratamento deve começar o mais rápido possível. Antifúngicos e antibióticos já foram testados contra a infecção, sendo que o melhor resultado foi com uma substância do primeiro grupo.
Em pesquisa publicada na revista Chemical Neuroscience, cientistas identificaram que minúsculas partículas de prata revestidas com medicamentos anticonvulsivos poderão, um dia, matar as amebas.