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A indígena maranhense Sonia Guajajara é escolhida por Lula para Ministra dos povos originários
Publicado em 30/12/2022 10:10
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Sonia Guajajara é do povo Guajajara/Tenetehara, habitantes da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão. Nascida em 1974, formou-se em enfermagem e letras pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e fez pós-graduação em educação especial. Nas eleições de 2018, foi candidata a vice-presidente de Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal eleito em 2022 e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Nas eleições de 2022, foi eleita deputada federal por São Paulo com 156 mil votos.

É a primeira indígena eleita pelo estado para a Câmara dos Deputados. Tornou-se liderança indígena. Filha de pais analfabetos, Sonia saiu de casa aos 15 anos para estudar em Minas Gerais. Em 2013, tornou-se a liderança da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), uma das instituições indígenas mais importantes do país. Pelo trabalho, foi eleita uma das pessoas mais influentes do mundo pela renomada revista norte-americana Time, em 2022.

Como Sonia Guajajara foi escolhida? Durante o governo de transição, lideranças indígenas sugeriram três indicados ao presidente. É chamada de lista tríplice. Foram elas: Sonia Guajajara (deputada federal eleita por São Paulo) Joênia Wapichana (deputada federal por Roraima) Weibe Tapeba (vereador em Caucaia, Ceará) Nos bastidores, acreditava-se que Sonia era a favorita devido ao reconhecimento internacional em conferências como a COP, conferência climática promovida pela ONU.

Qual a importância do Ministério dos Povos Indígenas? O Ministério dos Povos Indígenas, ou Ministério dos Povos Originários, deve abrigar a Funai. A Fundação Nacional do Índio é uma instituição do estado criada em 1967 para dar auxílio médico, proteção, fiscalização e estudo de uma das maiores populações indígenas do planeta. 

E o que os povos indígenas têm a ver com o futuro do planeta? As Terras Indígenas (TIs) foram um cinturão contra o desmatamento em todo o país, e em especial na Amazônia. Estudos norte-americanos e brasileiros apontam que as terras reconhecidas reduziram em 75% o desmatamento em suas regiões entre as décadas de 1980 e 2010. Além disso, mantêm os rios vivo e produzem alimento de forma sustentável.

 

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