A nova pesquisa Ipec (ex-Ibope), apontou uma situação de estabilidade em relação à anterior divulgada na semana passada. É o mesmo quadro registrado pelas demais. Estabilidade é uma coisa boa para quem está na frente, e ruim para quem está atrás.
Descontados os nulos e brancos, Lula tem 50% dos votos válidos contra 35% de Bolsonaro. Ele precisa de 50% mais um voto para liquidar a eleição no primeiro turno. Se o segundo turno fosse hoje, ele derrotaria Bolsonaro por 52% a 36%.
Há uma semana, 47% dos eleitores disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. Agora, são 49%, uma oscilação dentro da margem de erro da pesquisa. Oito em cada 10 eleitores afirmam que já definiram seu voto e que não mudam mais.
O Sudeste é a região com o maior número de eleitores (42%). Lula passou de 39% para 41%; Bolsonaro caiu de 33% para 30%. Entre os que ganham de 1 a 2 salários mínimos (27% dos eleitores), Lula subiu de 47% para 49%, e Bolsonaro caiu de 31% para 26%.
O comício militar de 7 de setembro servirá para que Bolsonaro dê sua última demonstração de força. Por maior que seja, ela não subtrairá um único voto a Lula, podendo, no máximo, apenas atrair eleitores de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB).
Vai depender, porém, de como Bolsonaro se comporte no palanque montado em frente ao Forte de Copacabana, no Rio. Se ele for mais Bolsonaro do que Jair, sua rejeição aumentará. Se for mais Jair do que Bolsonaro, talvez diminua, mas ninguém garante.
A essa altura, o primeiro escalão da campanha de Bolsonaro deve estar nervosamente debruçado sobre o mapa do país à procura dos votos de qualquer zona rural ou urbana que possa salvá-lo de uma derrota quase certa nas eleições de daqui a 26 dias.
Via Metropoles