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Mais dois escândalos de corrupção abalam o governo Bolsonaro
Política
Publicado em 12/04/2022

A empreiteira maranhense Engefort, segundo a Folha de S. Paulo, tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios. 

Com sede em Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, a construtora “explodiu em verbas na atual gestão e sob Bolsonaro foge de sua tradição ao obter também contratos para asfaltamento longe de sua base”. Como foi possível? Nem os donos da construtora informam, nem o governo federal. 

Até agora, o governo reservou cerca de R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa. O valor total já quitado a ela soma R$ 84,6 milhões. A fonte de recursos da Engefort são contratos com a Codevasf, estatal federal entregue por Bolsonaro ao Centrão em troca de apoio político. 

No ano passado, a empresa liderou os repasses da Codevasf. Também em 2021, foi a segunda construtora em volumes totais empenhados pelo governo federal, atrás da LCM Construção, que acumulou R$ 843 milhões em verbas reservadas. Bolsonaro costuma dizer que seu governo é o mais honesto da história. 

A Engefort foi a única empreiteira que participou de todas essas licitações no Distrito Federal e nos 15 estados abrangidos pela Codevasf. A empreiteira ganhou 53 concorrências, ou mais da metade dos pregões. O desempenho mais expressivo foi em Minas Gerais, tendo conquistado 28 de 42 licitações. 

Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que, com o aval do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, controlado também pelo Centrão, deputados ‘vendem’ a ideia de que conseguiram recursos para colégios e creches, com promessas de construção de novas unidades sem garantias orçamentárias. 

É o escândalo das “escolas fakes”. Falta dinheiro para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos pelo país. Mas o Ministério da Educação autorizou a construção de mais 2 mil escolas sem a garantia de que haverá dinheiro para tal. Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil e um dos líderes do Centrão, balança no cargo. 

 

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