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Inflação em março foi de 1,62%, maior para o mês desde início do Plano Real
Publicado em 08/04/2022 11:38
NOTÍCIA

O índice oficial da inflação no Brasil teve alta de 1,62% em março, de acordo com dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês em 28 anos, desde 1994, antes da implementação do Plano Real. 

O número é 0,61 ponto percentual acima do índice de fevereiro, que ficou em 1,01%. A alta foi puxada principalmente pelos setores de transportes —com o aumento do preço dos combustíveis em meio à alta do petróleo no mercado internacional, com a guerra na Ucrânia— e alimentação. 

IPCA acumula alta de 3,20% no ano e de 11,3% nos últimos 12 meses. A leitura está bem acima da meta de inflação para o ano, de 3,5%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. 

Os dados de março vieram acima das expectativas de analistas, que previam alta de 1,30%, acumulando em 12 meses alta de 10,98%. A prévia do IPCA (IPCA-15) já havia surpreendido o mercado, com a maior alta em sete anos. 

Transportes e alimentação: o maior impacto 

O maior peso para a alta foi o setor de transportes, que subiu 3,02% em relação ao mês anterior, e alimentação (2,42%). 

No primeiro grupo, os principais responsáveis foram os preços da gasolina (alta de 6,95% em relação ao mês anterior), gás veicular (5,29%), etanol (3,02%) e óleo diesel (13,65%). Além disso, outros serviços da área também subiram de preço, como transporte por aplicativo (7,98%) e a passagem do ônibus urbano (1,27%). 

Na alimentação, os principais vilões foram: 

  • Tomate (27,22%); 

  • Cenoura (31,47%); 

  • Leite (9,34%); 

  • Óleo de soja (8,99%); 

  • Frutas (6,39%); 

  • Pão francês (2,97%). 

De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A única área que caiu na comparação com o mês de fevereiro foi a comunicação. 

Veja a inflação em março para cada um dos 9 grupos: 

  • Alimentação e bebidas: 2,42% 

  • Habitação: 1,15% 

  • Artigos de residência: 0,57% 

  • Vestuário: 1,82% 

  • Transportes: 3,02% 

  • Saúde e cuidados pessoais: 0,88% 

  • Despesas pessoais: 0,59% 

  • Educação: 0,15% 

  • Comunicação: -0,05% 

Índices regionais 

De acordo com o IBGE, a região metropolitana de Curitiba (2,4%) foi a que teve a maior variação no último mês. 

Já o menor resultado foi registrado na região metropolitana de Rio Branco (1,35%). 

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas registradas foram de 1,46% e 1,67%, respectivamente. 

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