O cinto de segurança salvou a vida da advogada Marina Thomaz durante o acidente envolvendo a queda de um ônibus fretado em uma ribanceira de 40 metros, localizada em João Monlevade, em Minas Gerais. O mesmo não aconteceu com a amiga dela, que acabou sendo arremessada durante o capotamento. A dupla seguia com outras amigas em um ônibus que tinha como destino em Guarapari, no Espírito Santo.
"O cinto me salvou, fica até de alerta para o pessoal, o cinto salva vidas, mas a minha amiga foi arremessada, o ônibus acabou caindo da ribanceira. O motorista perdeu o controle da direção, a gente ainda não sabe o que causou isso, mas a gente virou quatro vezes na ribanceira."
As declarações de Marina Thomaz foram ditas durante uma entrevista à TV Globo por entrevista via telefone, horas após o acidente que deixou dois mortos — um homem e uma mulher — e mais de 30 feridos. Ao todo, 47 pessoas estavam no ônibus, incluindo o motorista.
O acidente aconteceu durante a madrugada após o condutor do veículo sentir um mal-estar súbito, segundo relatou à PRF-MG (Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais). Voluntários e o Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais socorreram as vítimas.
Em entrevista, a advogada contou que a empresa de transporte Jundiá Transportadora Turística esteve no local para prestar suporte aos passageiros. A transportadora é dona do veículo que conduzia viagem para o Espírito Santo. O frete foi realizado pelo aplicativo Buser.
"A empresa de transporte estava no local [para o qual fomos encaminhados depois] do acidente. A prefeitura disponibilizou albergues e representantes da empresa foram até o endereço para providenciar transporte. Quem queria seguir viagem poderia utilizar vans da empresa. Já quem quisesse ser encaminhado para casa, poderia contar com um taxi."
Socorro às vítimas foi feita por voluntários e bombeiros
Segundo informações do Corpo de Bombeiros mineiro ao UOL, a corporação foi acionada por volta das seis da manhã para o atendimento das vítimas. No entanto, ao chegar no local, boa parte das pessoas já haviam sido retiradas do ônibus por serviços voluntários e populares.
Os militares atuaram na remoção de 10 pessoas feridas e mais dois corpos de vítimas que estavam entre as ferragens e que morreram, sendo constatado pela perícia que estava no local do acidente.