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Caso Henry Borel: Polícia pericia apartamento e ouve psicóloga e professora
Publicado em 30/03/2021 12:54
NOTÍCIA

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma perícia complementar no apartamento onde Henry Borel, de 4 anos, foi encontrado "gelado e com os olhos virados", no último dia 8, segundo relato da mãe do menino, Monique Medeiros, e o vereador Jairinho (Solidariedade), padrasto dele. Laudos médicos mostraram que a criança tinha lesões que apontam violência e a as autoridades investigam as causas da morte.

Os peritos ficaram por cerca de quatro horas no condomínio da Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Na última sexta-feira, a Justiça determinou que o imóvel fosse interditado. Uma viatura da Polícia Militar ficará baseada no local por 30 dias.

A Polícia Civil segue escutando testemunhas sobre a morte do menino Henry Borel. Até o momento, mais de 15 pessoas já prestaram depoimento.

Ontem, o delegado titular da 16ª DP, Henrique Damasceno, ouviu a professora do Colégio Marista São José, onde o menino estudava e também psicóloga que acompanhava a criança. Em depoimento as profissionais disseram não ter visto anormalidade no comportamento de Henry nos últimos dias.

 

Depoimento de ex

Além das investigações a respeito da morte da criança, a polícia também apura em paralelo as agressões retratadas por uma ex-amante de Jairinho.

Ao UOL, a defesa do vereador informou que entrou com uma petição para que a Polícia Civil colha depoimentos de pessoas que conviviam com o parlamentar e com a ex-companheira que denunciou Jairinho de agressão contra ela e a filha, na época de 4 anos.

Aos agentes, a mulher, que não terá o nome divulgado, disse que durante o relacionamento, apesar de o vereador e médico alegar nunca ter exercido a profissão, chegou a dar remédios para ela dormir, uma atitude que considerou suspeita.

Além disso, a ex-companheira também cita supostas agressões cometidas por Jairinho durante uma viagem.

Segundo a mulher, no dia em que o político lhe deu um remédio para dormir, a mesma alegou que não ingeriu o medicamento justamente por ter desconfiado de algo. A ex-namorada relatou que fingiu estar dormindo e flagrou Jairinho segurando a filha pelo braço.

Ainda em depoimento ela cita outros momentos envolvendo o parlamentar. Ela afirmou ter tido sua roupa rasgada na rua quando Jairinho a viu chegando em casa de uma 'balada'. Em outro trecho a mulher relata um episodio ainda mais violento. Segundo a mulher, "em uma das vezes Jairinho a levou (a filha) a uma piscina e que neste lugar afundava sua cabeça embaixo d'água".

Aos policiais, a ex-companheira disse ainda que "uma vez, quando queria conversar com a declarante e esta se recusou, Jairinho a puxou pela grade do portão da casa da mãe da declarante, o que fez com que batesse seus seios contra a grade"; "Algumas vezes em que (a filha) estava sozinha com Jairinho este a levava até o carro e dizia coisas como 'você atrapalha a vida da sua mãe', 'a vida da sua mãe ia ser mais fácil sem você'"; "Dava 'mocas' em sua cabeça e torcia suas pernas e braços (em relação à filha)".

Procurada pelo UOL, a defesa de Jairinho informou que a mulher decidiu "caluniar" Jairinho "por se tratar de uma ex-namorada abandonada no altar, após tatuar o seu nome [Jairinho] no braço. Na visão dela, tratou-se de uma situação extremamente humilhante, causando ódio e a promessa de vingança. O momento atual, no qual o Requerente [Jairinho] está em evidência, em decorrência do falecimento do menino Henry, mostrou-se oportuno para [nome da mulher] desferir as mentiras sobre a relação, frise-se, de aproximadamente 10 anos atrás".

 

 

FONTE: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/03/30/caso-henry-borel-policia-pericia-apartamento-e-ouve-psicologa-e-professora.htm

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