Os seis brasileiros e oito paraguaios integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) presos em Pedro Juan Caballero, na terça-feira (23), planejavam realizar roubos milionários em transportadoras de valores e agências bancárias na fronteira do Paraguai, de acordo com a polícia
O plano foi descoberto graças à ação conjunta dos serviços de inteligência da Polícia Federal do Brasil e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai. A intenção do bando era realizar assaltos em série às instituições financeiras na região de fronteira, inclusive em Ponta Porã, no lado brasileiro.
O dinheiro roubado seria usado para comprar armas e drogas e para reforçar a presença do PCC no Paraguai. A facção paulista já havia montado um quartel-general na fronteira com 174 integrantes, conforme informou em reportagem publicada em 26 de janeiro deste ano.
O bando estava reunido em uma casa do lado paraguaio, discutindo o planejamento das ações criminosas, quando foi surpreendido por policiais. Na residência foram apreendidos fuzis, metralhadoras, munição, coletes à prova de bala e diversos aparelhos de telefone celular.
Em 2013, Bebezão e 174 integrantes do PCC, incluindo o alto escalão da facção, foram denunciados por associação à organização criminosa pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), de Presidente Prudente, subordinado ao MPE (Ministério Público Estadual).
Weslley Neres dos Santos, acusado de integrar o PCC, preso no Paraguai
Imagem: Divulgação
Bebezão é um velho conhecido da polícia paulista. Em 11 de julho de 2011, dois meses após sair em liberdade do CDP 1 (Centro de Detenção Provisória) do Belém, ele e outros dois comparsas foram presos com 50 quilos de cocaína em uma casa na zona leste da capital.
Condenado por tráfico, ele cumpriu parte da pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Em 2017, Bebezão foi beneficiado com o regime semiaberto e, no mesmo ano, saiu em liberdade condicional.
Segundo policiais brasileiros, o criminoso havia assumido recentemente o posto de chefe do PCC na fronteira em substituição a Giovanni Barbosa da Silva, o Koringa, preso em janeiro deste ano também em ação conjunta da PF e da Senad.
Carterinha de estudante de medicina de Weslley Neres dos Santos, 34, o Bebezão, do PCC
Imagem: Divulgação
Além de Bebezão foram presos os brasileiros Bruno César Pereira, Alfredo Giménez Lorrea, Bruno Rafael Porto de Oliveira, Maxlese Rodrigues e Willian Meira do Nascimento.
Todos já foram expulsos do Paraguai e entregues às autoridades brasileiras. A Polícia Federal não informou para onde Bebezão foi transferido. Ele vai ficar em uma penitenciária federal.
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