Segunda Turma decide manter julgamento da suspeição de Moro.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro para julgar os casos relacionados à Lava Jato. O pedido foi feito pela defesa do ex-presidente Lula, que afirma que Moro agiu de forma parcial por motivações políticas.
A suspeição é o ato pelo qual o juiz, por sua condição pessoal ou posicionamento, tem a sua imparcialidade questionada. Isso prejudica a sua função de julgamento e ameaça a ordem processual.
Por 4 votos a 1, foi rejeitado o pedido apresentado pelo ministro Edson Fachin de adiar o julgamento. Fachin anulou as condenações do ex-presidente na Lava Jato, e por isso, considerou que houve perda de objeto das ações que questionavam Moro.
Gilmar Mendes, presidente da Turma, votou pela manutenção do julgamento. Segundo ele, a eventual parcialidade de um juiz viola direitos constitucionais, e por isso, é relevante para julgamento.
Além de Gilmar Mendes, votaram contra o adiamento Nunes Marques, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.