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RJ: mulher é resgatada após 41 anos de trabalho análogo à escravidão
01/02/2021 07:24 em NOTÍCIA
  • Mulher de 63 anos vivia em um quarto sem eletricidade nos fundos da casa.Uma emprega doméstica foi resgatada em condições similares a escravidão no bairro da Abolição, Zone Norte do Rio de Janeiro .
  • Segundo o depoimento prestado a Força-tarefa de Combate ao Trabalho Escravo , durante quatro décadas a mulher foi obrigada a viver em uma rotina de privações, sem remuneração pelos serviços e que ela nunca pode "manda na própria vida"
  • De acordo com as autoridades, com 63 anos, ela trabalhou 41 anos sem qualquer tipo de remuneração e férias.
  • A mulher conta que tinha uma rotina de trabalho de 11 horas diárias, tinha pouco tempo para realizar refeições e que dormia em um quarto nos fundos da casa sem energia. Sem luz e relógio, ela conta que administra a passagem do tempo pela luz solar. 
  • Na segunda-feira (25), a  1ª Procuradoria-geral do Trabalho executou o resgate da mulher e de acordo com o depoimento da resgatada, uma médica de sua patroa havia a diagnosticado com o novo coronavírus e remédios foram receitados.
  • Porém, sua empregadora teria comprado os remédios, mas ela relatou nunca ter tomado os medicamentos e nunca mais ter sido consultada pela médica.
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  • Quando as autoridades se encontraram com a resgatada pela primeira vez, ela se encontrava suja pois havia retornado do ferro velho, a onde foi vender as latas em que juntou para conseguir alguma remuneração.
  •  As 11h, ela ainda não tinha se alimentado e segundo os agentes do  Ministério Público do Trabalho (MPT), a mulher se encontrava agitada, desorientada e com problemas na audição.
  • Vizinhos ainda contaram as autoridades de que a mulher era vítima de agressões físicas e verbais. Todavia, a informação foi negada pela resgatada.
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    Em seu depoimento, a mulher conta que nunca teve contato com sua família de origem em São Paulo. Agora, ela passa a ser atendida pelo programa social do Caritas em parceria com o Ministério Público do Trabalho. 
  • Os agentes federais afirmam que a empregadora ainda utilizou do benefício de auxílio emergencial da empregada. A mulher conta que entregou seus documentos para que tivesse direito aos benefícios, mas ouviu de sua patroa de que não teria direito pois sua carteira de identidade estava muito ‘velha’.
  • Contudo, agentes do MPT descobriram que o valor chegou a ser sacado. Quando questionado, a patroa disse ter feito o saque a primeira parcela e que as restantes foram destinadas a outras pessoas. Uma investigação no banco foi aberta para verificar o caso. 
 

 

 

 

 

 

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