O Tribunal Regional Eleitoral, na sessão plenária realizada nessa segunda-feira (7), deu provimento ao recurso ordinário apresentado pela Coligação "O Trabalho Vai Continuar", decidindo, por unanimidade (6 votos a 0), indeferir o pedido de registro de William Guimarães da Silva, o 'Padre William", eleito prefeito de Alcântara, por estar inelegível em função de suas contas rejeitadas.
Foi reconhecido que o padre está com direitos seus políticos suspensos por cinco anos por condenação em improbidade administrativa com julgado em julho de 2018.
Desse modo, deve haver novas alterações em Alcântara para determinar quem será o legítimo prefeito da cidade.
O Ministério Público Eleitoral manifesto pela procedência de impugnação e pelo indeferimento do registro de candidatura. Padre William já tinha sido prefeito de Guimarães e Santa Helena e perdeu a condição de elegibilidade por conta de convênios com a Funasa e julgamento da ação pública envolvendo o FNDE.
De acordo com a resolução do TSE nº 23.611 / 19, em seu art. 220, não poderá ser diplomado, nas eleições majoritárias ou proporcionais, o candidato que estiver com o registro indeferido, ainda que sub judice. "Nas alterações majoritárias, na data da obrigação de posse, se não houver candidato diplomado, caberá ao presidente do Poder Legislativo assumir e exercer a carga até que sobrevenha decisão favorável no processo de registro nova eleição ".
Ou seja, por conta dessa resolução do TSE, Padre William não pode ser diplomado por perda de condição de elegibilidade. Ele foi eleito prefeito com um total de 7.874 votos.
Anderson Wilker de Abreu Araújo (PCdoB), que disputava reeleição, que ficou em segundo, com 33,48%, seguido por João Francisco Leitão (PODE), 5,47%, e Antonio Rosa Cruz Pereira (PSL ), 0,76%.