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Palmeiras desfalcado mostra que é "cascudo" e fica perto de avançar na Libertadores
26/11/2020 08:38 em ESPORTE

O cenário era preocupante. Um time desfalcado pelo surto de Covid-19, com um banco de reservas totalmente formado com jovens da base e tendo pela frente um duelo de mata-mata pela Libertadores.

 

 

Nesta quarta-feira, contudo, todo e qualquer problema ficou para trás. Como gosta de repetir Abel Ferreira, o Palmeiras encontrou a solução e, como uma equipe "cascuda", encaminhou a vaga nas quartas de final do torneio sul-americano.

 

 

Fora de casa, na cidade de Manta, no Equador, o time sem peças fundamentais como Raphael Veiga, Luiz Adriano e Gabriel Veron venceu o Delfín pelo placar de 3 a 1, resultado conquistado com uma atuação madura de uma equipe organizada e com soluções criativas apresentadas na noite da última quarta-feira. Sem nomes importantes, o Palmeiras se sobrepôs diante do frágil adversário, como deve ser.

 

 

A mistura de maturidade e criatividade começa pelo trio Gabriel Menino, Rony e Zé Rafael. Autores dos gols, eles exerceram funções diferentes (e bem). O primeiro atuou aberto como um ponta direita, e próximo da área pegou bola mano a mano para fazer 1 a 0. O segundo, único atacante, atuou centralizado e se mostrou decisivo. O terceiro, mais adiantado, voltou de lesão ratificando a boa fase.

 

 

O que deu certo

 

Diante de tantos desfalques, Abel Ferreira precisou promover alguns experimentos na equipe titular e deve ter saído satisfeito com o que viu. De início, a opção por Gabriel Menino adiantado no setor ofensivo resultou em gol no início da partida. Perto da área, o camisa 25 fez jogada individual e abriu o marcador.

– Posso jogar em muitas posições, sou versátil. Ele conversou comigo, perguntou se eu fazia aquela posição, falei que sabia fazer. Ele pediu para eu ir para o um contra um, que o meu é forte, e na hora que eu driblasse, achar meus companheiros, que meus cruzamentos são bons. Foi isso que ele pediu para mim – comentou Gabriel Menino.

 

 

A presença de Menino na frente ajudava o Palmeiras a ter intensidade e pressionar o Delfín, que pouco ameaçava. As ausências de nomes importantes como Luiz Adriano, Raphael Veiga e Matías Viña ficaram em segundo plano diante de um time organizado, até certo ponto "cascudo" e que construiu a grande vitória de maneira natural.

Ponto também para atuações individuais, como Zé Rafael. O camisa 8, autor do terceiro gol, jogou mais adiantado e ratificou a boa fase com a camisa alviverde. De volta após se tratar de uma entorse no tornozelo, o meio-campista cresceu de desempenho e se estabeleceu como peça importante de Abel Ferreira.

Rony, apesar de dois gols perdidos, também viveu boa noite como único atacante de origem do time no Equador. Fora a responsabilidade assumida de bater o pênalti, o camisa 11 se apresentou para tabelas e deu muita opção para jogadas.

Partiram do camisa 11 a roubada de bola e o passe que deixou Gabriel Menino no mano a mano para o primeiro gol, além do lançamento para Zé Rafael dominar, driblar a marcação e assinalar o terceiro gol.

 

O que deu errado

 

Em que pese um cenário completamente adverso, que deve ser contextualizado em qualquer avaliação sobre a noite do Palmeiras, a equipe alviverde apresentou alguns pontos preocupantes.

Primeiro, a perda de intensidade no retorno do intervalo. Assim como no duelo contra o Ceará, pela Copa do Brasil, quando o time abriu 2 a 0 e sofreu o empate, a equipe alviverde diminuiu muito o ritmo e viu o adversário crescer na metade de abertura da segunda etapa.

 

 

Mesmo com todas as limitações, o Delfín diminuiu em bola parada. Aliás, foi o segundo gol de escanteio sofrido pelo Palmeiras em uma semana, já que na quarta-feira o Ceará também conseguiu superar a defesa alviverde com essa iniciativa.

 

 

Próximos passos

 

Antes de pensar em campo, o Palmeiras precisa focar na recuperação de atletas em relação à Covid-19. Com a vaga nas quartas de final bem encaminhada na Copa Libertadores, o time terá tempo para contar com reforços para o confronto da volta e já pode dar ritmo a peças no fim de semana, pelo Brasileirão.

Gustavo Scarpa, Luan e Gabriel Veron, que já treinaram na semana, devem atuar diante do Athletico, no sábado, a partir das 17h (de Brasília), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Quem também pode retornar é Matías Viña, já no Brasil após cumprir quarentena no Uruguai.

Para o duelo da próxima semana, Abel Ferreira deve poder contar com as voltas de Jailson e Vinicius para o gol, além de Alan Empereur e Kuscevic, que estão já em fim de período de quarentena.

O quarteto tem uma semana para se recuperar da Covid-19 e reforçar o Palmeiras em casa contra o Delfín, em jogo marcado para quarta-feira, às 19h15 (de Brasília), no Allianz Parque. Palmeiras a um passo do grupo dos oito melhores do torneio.

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