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Enfermeira deu banho de 50 graus em bebê que teve o corpo queimado
Publicado em 21/08/2020 10:05
NOTÍCIA

Uma bebê de 6 meses teve parte do corpo queimado durante sua internação no Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, na última terça-feira  (18).  De acordo com a investigação da Policia Civil, uma enfermeira que dava banho na pequena Juliana Anastácio, se distraiu e deixou a temperatura da água atingir cerca de 50 graus, nível bem acima do máximo recomendado.

 

A profissional ja foi identificada pela 78 * DP (Fonseca) e prestou depoimento nesta quinta-feira (20), dia em que o caso veio à tona.  As queimaduras, conta o delegado Luiz Jorge Rodrigues, que apura o caso, atingiram as pernas, virilia, genitália, nádegas e parte da barriga da criança.  Uma pericia realizada na tarde desta quinta, sob acompanhamento do Instituo Médico Legal (IML) confirmou a água quente como causa dos ferimentos.

 

De acordo com o advogado da família, Pedro Rocha, Luara vinha acompanhando sozinha a situação da filha no hospital, pois seu marido, 'o cuidador de idosos Jefferson dos Santos, estava no trabalho.  Na terça-feira, após voltar a sua casa para tomar um banho e trocar de roupa, Luara atendeu à ligação de uma outra paciente do hospital, que informou que algo tinha acontecido com a menina Juliana.  Ela correu para o hospital e encontrou a filha já enfaixada.

 

Enfermeira responderá por lesão corporal grave

 

Os médicos logo de cara disseram a Luara 'que a menina tinha se queimado durante um banho.  Uma perícia parcial realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) na quarta-feira chegou a apontar para a hipótese de as queimaduras terem sido causadas por uma manta quente procedimento médico usado para tratar algumas enfermidades.  De acordo com o portal G1, um cirurgião plástico também chegou a ser chamado para investigar as feridas.

 

Segundo o advogado da família, Juliana foi internada em hospital com pneumonia.  Portadora de meningite, a segunda filha de Luara e Jefferson, moradores do bairro Gradim, em São Gonçalo, desenvolvida uma microcefalia, e necessita de internações frequentes.  No hospital, a menina chegou a sofrer episódios de convulsão, contou também o advogado.  Na última segunda-feira, eles contam • que os médicos queriam dar alta à menina, que permaneceu internada após insistência da mãe.

 

Depois do ocorrido, uma família pediu um prontuário ao hospital para registrar um boletim de ocorrência.  Na manhã desta quinta-feira, o hospital informou que só poderia disponibilizar o prontuário após 30 dias.  À tarde, no entanto, o hospital informou ao GLOBO que o prontuário já havia sido disponibilizado à família e à policia.  Na tarde desta quinta, uma família informou que Juliana está sedada no hospital, e que o quadro dela é estável.

 

O hospital disse ainda "lamentar profundamente o ocorrido 'e que' está prestando toda a assistência necessária para um paciente e para família, além de contribuir com as investigações da policia".  A nota também informa que o hospital abriu uma sindicância para apurar o fato, e que "a direção tomará como medidas cabíveis".

 

"A direção já identificou os profissionais que atendemam uma criança e está ouvindo todos os executantes no caso no âmbito da sindicância. Também sendo realizado um levantamento técnico e análise dos insumos e equipamentos está utilizados no tratamento do paciente a fim de descobrir como causas do fato  ", completa o comunicado. 

 

A Polícia Civil solicitou outras duas perícias para analisar o caso, que foram realizadas feira, sob acompanhamento de um legista do Instituto Médico Legal (IML).  O delegado Rodrigues informou que uma autora do crime deve responder por lesão corporal grave.

 

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