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Vacina para Covid-19 mostra resultado promissor , as pesquisas acontinuam avançando por pelo menos 3 farmacêuticas
Publicado em 18/05/2020 18:52
NOTÍCIA

 

Ações do laboratório americano dispararam com o anúncio

 

  • Olaboratório americano Moderna informou nesta segunda-feira (18) que sua vacina experimental contra a covid-19 mostrou potencial em um estudo de estágio inicial, já que produziu anticorpos neutralizadores do vírus semelhantes àqueles encontrados em pacientes recuperados, o que fez o preço das ações dispararem cerca de 25%.
  • A vacina da empresa está na vanguarda dos esforços de desenvolvimento de um tratamento para o vírus de disseminação veloz e, na semana passada, recebeu o selo de “aprovação rápida” da agência de saúde dos Estados Unidos para que a revisão regulatória seja acelerada. A Moderna espera iniciar um estudo de estágio final mais amplo em julho.
  • Atualmente não existem tratamentos ou vacinas aprovados para a covid-19, causada pelo novo coronavírus, e especialistas preveem que uma vacina segura e eficiente pode demorar de 12 a 18 meses.
  • Oito pacientes que receberam a vacina da Moderna mostraram níveis de anticorpos similares àqueles de pessoas que se recuperaram da covid-19, segundo resultados iniciais do estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
  • Todos os 45 participantes do estudo receberam três doses diferentes da vacina, e a Moderna disse que viu um aumento de dependência da dose na imunogenicidade, a capacidade de provocar uma reação imune no corpo.
  • “Essas são descobertas significativas, mas é um ensaio clínico de estágio inicial que incluiu apenas oito pessoas. Foi projetado para a segurança. Não para a eficácia”, disse Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas do Johns Hopkins Center for Health Security, que não estava envolvido no estudo.
  • Os dados iniciais oferecem um vislumbre de esperança para uma vacina entre as mais avançadas em desenvolvimento.
  • Adalja disse que muitas falhas podem ocorrer entre agora e o momento em que a vacina for testada quanto à eficácia em milhares de pessoas. “O que vemos é encorajador”, disse ele.
  • Maximizando doses
  • “No contexto de uma pandemia, esperamos que a demanda exceda em muito a oferta e, quanto menor a dose, mais pessoas esperamos poder proteger”, disse o médico chefe Tal Zaks.
  • Em abril, o governo dos EUA fez uma aposta na Moderna, apoiando sua vacina com US$ 483 milhões da Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado (Barda), parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS).
  • A empresa disse que o avanço permitirá fornecer milhões de doses por mês em 2020 e, com investimentos adicionais, dezenas de milhões por mês em 2021, se a vacina for bem-sucedida.
  • “Estamos investindo para intensificar a fabricação para que possamos maximizar o número de doses que conseguimos produzir para ajudar a proteger tantas pessoas quanto pudermos da Sars-CoV-2”, disse o executivo-chefe da Moderna, Stéphane Bancel.
  • A empresa assinou contratos com a farmacêutica suíça Lonza Group e com o governo dos EUA para produzir em grande quantidade a vacina, que se mostrou segura e bem tolerada no estudo de estágio inicial.
  • Um participante do teste teve vermelhidão no local da injeção, o que foi caracterizado como um efeito de “grau 3”. Não foi relatado nenhum efeito colateral grave, segundo a empresa.
  • As ações da Moderna subiram 240% no espaço de 12 meses encerrado na última sexta-feira (15).
  • SEGUNDA PESQUISA

    

Pesquisa identifica ponto fraco do coronavírus que pode ser explorado

Ao estudar as alterações provocadas em células, cientistas alemães encontraram vulnerabilidade do Sars-CoV-2. Substâncias existentes estão em teste em humanos

Reprodução

 

Oaparentemente invencível Sars-CoV-2, causador da covid-19, também tem seus pontos fracos. Para conhecê-los, pesquisadores da Universidade Goethe e do Hospital Universitário de Frankfurt, ambos na Alemanha, fizeram observações detalhadas do processo pelo qual o vírus infecta as células humanas. Eles descobriram brechas que podem ser alvo de medicamentos já existentes. Em um artigo publicado na revista Nature, os autores relatam que uma empresa canadense iniciou testes clínicos baseados no resultado do estudo. Outra companhia, norte-americana, também prepara os primeiros ensaios em seres humanos.

No início de fevereiro, antes de a covid-19 ser considerada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), virólogos da Universidade de Frankfurt começaram a cultivar células infectadas pelo Sars-Cov-2 para estudá-las. A primeira linhagem foi produzida a partir de amostras retiradas do cólon de indivíduos infectados em Wuhan, cidade chinesa considerada o berço do novo coronavírus.

Poucos meses antes, a Universidade de Goethe havia desenvolvido uma técnica baseada em espectrometria de massa, capaz de calcular a taxa da síntese de proteína dentro de uma célula. Usando esse método, as duas instituições passaram a estudar, em detalhes, como o micro-organismo altera os processos naturais celulares para benefício próprio.

Assim, os pesquisadores conseguiram visualizar a progressão da infecção por Sars-CoV-2. E, dessa forma, descobriram os pontos fracos. De acordo com os pesquisadores, ao entrar no organismo do hospedeiro, os micro-organismos usam o maquinário das células para se reproduzirem. A maioria dos vírus, ao fazer isso, “fecha a fábrica” de proteínas do infectado, em benefício próprio. Contudo, o novo coronavírus não age assim.

O estudo mostrou que, quando a célula é infectada pelo Sars-CoV-2, ela continua produzindo suas proteínas, embora, agora, também as virais. Com esse conhecimento, os pesquisadores conseguiram reduzir significativamente a reprodução do micro-organismo, usando substâncias conhecidas como inibidores da tradução, que interromperam a produção de proteínas do coronavírus. Outra molécula, que impede a produção dos blocos construtores do RNA viral, também foi capaz de brecar a multiplicação do Sars-CoV-2. Antes de publicar o estudo na Nature, os pesquisadores disponibilizaram o manuscrito on-line à comunidade científica, uma prática comum desde o início da pandemia. Com isso, companhias interessadas em produzir medicamentos contra a covid-19 começam a usar os resultados em estudos. 

 

 
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