No Twitter, Doria e Witzel reagem à pronunciamento de Bolsonaro - Todos sem usar mascaras .
NOTÍCIA
- Os governadores João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSL), dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, usaram o Twitter para se pronunciarem sobre o pronunciamento realizado na tarde de hoje, 24, por Jair Bolsonaro (sem partido). Doria afirma que fala “flerta com autoritarismo”, e Witzel questiona interesses do presidente com a Polícia Federal.
- Como resposta à demissão do ex-ministro Sérgio Moro , Bolsonaro convocou hoje uma coletiva de imprensa. Em pronunciamento, o presidente afirmou que Moro, que estava à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o pressionava por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
- O tom do discurso foi de “decepção” por parte de Jair Bolsonaro, que enfatizou diversas vezes que Sérgio Moro é um ídolo. Ele expressou surpresa quanto à demissão do ex-juiz e disse que, como líder, não poderia se submeter a um subordinado. Moro negou ter pressionado o presidente em seu Twitter.
- Os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro se pronunciaram quanto às falas de Bolsonaro. Ambos não estão em um bom relacionamento com o presidente atualmente, principalmente pelas atuais medidas de combate à pandemia do novo coronavírus.
- Doria já havia se pronunciado em coletiva de imprensa sobre a demissão de Moro.
- Ele ainda chegou a se referir a Bolsonaro como “vírus”, equiparando-o ao novo coronavírus. Após o pronunciamento ele chamou tom de “estarrecedor” e em “flerte com autoritarismo”.
- Witzel questionou Bolsonaro sobre a sua necessidade de interagir com o diretor da Polícia Federal.
- Afirmação foi feita já que motivo de exoneração de Maurício Valeixo, diretor-geral, foi de que Bolsonaro queria alguém no cargo com quem se sentisse “confortável” em pedir informações.
- Demissão de Moro
- O ex-juiz federal anunciou hoje sua saída do cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública , que ocupa desde o início do governo Jair Bolsonaro.
- O que motivou a demissão foi o decreto de exoneração de Valeixo, indicado pelo agora ex-ministro para a PF.
- A falta de autonomia consequente de uma nova nomeação foi uma das críticas de Moro no discurso.
- Moro fala ainda em não ter tido carta branca, como o presidente lhe prometeu ao nomeá-lo ao ministério.
- "A partir do segundo semestre do ano passado passou a haver uma insistência do presidente da troca do comando da Polícia Federal.
- Houve primeiro um desejo de trocar um superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, sinceramente, não havia nenhum motivo para essa substituição", afirmou.