Durante o ano inteiro se vê o Tambor de Crioula ecoar nas praças da cidade, em centros culturais, no interior dos terreiros ou em palcos de festas como o carnaval e o São João. A expressão de matriz afro-brasileira, típica do Maranhão, é realizada livremente sem ter um calendário específico. A manifestação é feita tanto como forma de diversão como em louvor a São Benedito, o santo protetor dos negros.
Segundo registros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) São Benedito tem duas narrativas de origem. Uma conta que ele era um escravo que um dia foi à mata e cortou um pedaço de tronco de árvore, fazendo um tambor, e depois ensinou os outros negros a fazerem e a tocarem o tambor. A segundo versão é que o santo foi um cozinheiro do monastério, que escondia comida em suas vestes e levava para os pobres.
Embora não haja um consenso sobre a origem de São Benedito, o fato é que ele é reverenciado por muitos integrantes dos grupos de Tambor de Crioula, que carregam em sua história as marcas de uma resistência cultural e religiosa.