Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
'Pediu para não morrer', diz família de jovem baleado por policial militar em São Luís
NOTÍCIA
Publicado em 29/01/2020

A família de Marcos Matheus Andrade de Melo, de 20 anos, que foi morto após ser baleado durante uma operação policial no bairro Jardim São Cristóvão, em São Luís, está revoltada e abalada com o assassinato do jovem, que teria sido confundido com criminosos que estavam sendo perseguidos por policiais.

De acordo com a familiares, Marcos Matheus chegou a suspender os braços e pedir para não ser baleado. Amigos da vítima afirmam que o jovem também disse aos policiais que não era criminoso, mas, mesmo assim, foi alvejado na porta da residência onde vivia por um tiro de fuzil.

"Ele falou para a polícia que não era bandido e foi alvejado por um tiro de fuzil. Ele clamou muito para não morrer, ele pediu muito para o pai dele: 'Pai, por favor me socorre. Não me deixa morrer. Diz para minha mãe que eu não sou ladrão'. Ele é um menino de bem, da nossa comunidade, que nós vimos nascer, crescer, sempre praticou coisas boas, não tem passagem pela polícia. É um menino do bem e para qualquer pessoa que você perguntar aqui no nosso bairro, você terá informações sobre ele, que ele era um menino do bem", disse Adriana Miranda, amiga da família.

Durante o velório da vítima, realizado nessa quarta-feira (29), parentes e amigos fizeram um protesto com cartazes pedindo a punição do militar que teria atirado em Marcos Matheus. A mãe do jovem, Ana Cláudia Andrade, está inconformada com a morte do filho e pede justiça para o caso. Marcos Matheus foi enterrado no fim da manhã dessa quarta.

 

"Um jovem muito querido, muito querido mesmo. Não tinha intriga com ninguém, era muito amável. Queremos justiça sim, porque meu filho era um jovem inocente e não teve culpa de nada", disse Ana Cláudia de Andrade.
O caso está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídio e Proteção a Pessoa (SHPP). O policial suspeito de ter atirado na vítima já foi identificado e deve prestar depoimento ainda nesta semana. Testemunhas também já foram ouvidas e o inquérito deve ser concluído em até 30 dias.
Segundo o delegado Lúcio Reis, a vítima não tinha passagem pela polícia e não há indícios de que ele tinha ligação com a operação policial, que começou no bairro do Anil e terminou com a morte do jovem.
"Agora a gente vai comunicar o Comando-Geral sobre o inquérito policial, pedir a apresentação dos policiais que foram identificados que estavam na ocorrência bem como o armamento, solicitar o armamento que foi apreendido com os assaltantes que foram autuados em flagrante naquela noite, para que também seja feito junto ao ICRIM a comparação balística, para que se possa deduzir o que aconteceu", explicou o delegado Lúcio Reis.
"Agora a gente vai comunicar o Comando-Geral sobre o inquérito policial, pedir a apresentação dos policiais que foram identificados que estavam na ocorrência bem como o armamento, solicitar o armamento que foi apreendido com os assaltantes que foram autuados em flagrante naquela noite, para que também seja feito junto ao ICRIM a comparação balística, para que se possa deduzir o que aconteceu", explicou o delegado Lúcio Reis.

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!

Chat Online