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“Acontece situações que não são desaparecimento”, diz delegado sobre sumiços no Maranhão
NOTÍCIA
Publicado em 09/01/2020
 

Walter Marlino Santos Pereira tinha 49 anos quando sumiu na cidade de São José de Ribamar, Região Metropolitana de São Luís. Segundo a família, ele estava desorientado pela falta de medicamentos antidepressivos, e, também, por sofrer de síndrome do pânico. Walter, que era guarda municipal de São Luís e estava afastado do serviço por causa dos problemas de saúde, desapareceu no dia 11 de fevereiro de 2016 e nunca foi encontrado.

“Nós colocamos cartazes em vários lugares de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e Ribamar, fomos em quase todas as delegacias de São Luís. Mas até hoje não me deram retorno. Vai fazer quatro anos que ele sumiu, mas a gente ainda tem esperança de ele ser encontrado. Nos últimos tempos eu até parei mais de procurar, porque é uma angústia muito grande procurar, procurar e não achar a pessoa. Eu estava entrando em depressão de tanta cobrança que eu estava fazendo por não conseguir resolver o desaparecimento dele”, relata Joyce Rocha Pereira, 29 anos, filha de Walter, em entrevista ao G1 MA.

 

Joyce Rocha conta, ainda, que a maior angústia da família é não ter qualquer informação sobre o paradeiro de Walter, além da sensação de que a polícia não está fazendo o seu dever.

“Eu sempre acompanhei o caso do sumiço do meu pai e não senti, por parte do Estado, um apoio. Até hoje não sinto, na verdade, quando eu quero qualquer informação eu vou atrás. A polícia nunca nos deu um retorno sobre uma investigação”, desabafa Joyce Rocha. Walter Marlino é uma das 23 pessoas que estão desaparecidas no Maranhão, segundo divulgação do Disque Denúncia, no site da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA). Os desaparecimentos aconteceram entre os anos de 2015 e 2019, sendo que, entre as vítimas, cinco eram menores de idade na época do sumiço.

Os casos de desaparecimento cresceram nos últimos anos no Maranhão. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em setembro de 2019, em 2017 foram registrados 756 casos de desaparecimento no Estado. Já em 2018, o número aumentou para 934.

Em entrevista ao G1 MA, o delegado Felipe César Mendonça, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), falou sobre a questão de desaparecimento, abordando de que forma a polícia trabalha para localizar a vítima, como e onde fazer a denúncia, além de destacar que, a maioria dos casos denunciados não são de pessoas que, de fato, desapareceram.

 

 

 
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