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Governo Trump dá carta branca à CIA para agir pela queda de Maduro na Venezuela
Operações letais, bombardeios contra o país e até mesmo plano para capturar ditador estariam sendo considerados EUA aumentaram consideravelmente presença militar no Caribe nos últimos meses, e Caracas teme invasão
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 15/10/2025 19:19
NOTÍCIA
Washington e São Paulo

O governo Donald Trump autorizou oficialmente a CIA, a agência de espionagem dos Estados Unidos com longo histórico de interferência na América Latina, a realizar operações secretas e letais dentro da Venezuela com o objetivo de derrubar o ditador Nicolás Maduro do poder.

A informação foi antecipada pelo jornal The New York Times nesta quarta-feira (15) e confirmada por Trump horas depois. Em conversa com a imprensa na Casa Branca, o republicano disse que a Venezuela "está sentindo a pressão" e não descartou operações em terra.

Dois americanos ligados a discussões sobre Venezuela no governo Trump disseram à Folha que o presidente recebeu uma série de planos de como asfixiar o regime de Maduro. A estratégia foi alinhavada pelo general Dan Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, a quem Trump já se referiu mais de uma vez em tom elogioso.

A ideia é ampliar a pressão nas próximas semanas com operações militares nos arredores da Venezuela, sem invadir o país, e trabalhar com a inteligência americana para capturar Maduro. A determinação seria tirá-lo do poder preso ou mesmo morto, e este é o sinal que os americanos querem dar para que o ditador se entregue e abandone o comando do país voluntariamente.

 

Um desses interlocutores ligados ao governo Trump comparou a operação à mesma que levou ao assassinato do major-general Qassim Suleimani, chefe da máquina de segurança do Irã morto por um ataque de drone dos EUA perto do aeroporto de Bagdá em 2020, no primeiro mandato de Trump.

Além da mudança no regime, a operação contra a Venezuela teria ainda outros objetivos, como mandar sinais a toda a América Latina, incluindo o Brasil, de que se não houver o controle da atuação do crime organizado latino-americano em território dos EUA, a reação será dura. O principal destinatário do recado seria o México.

 

Outro objetivo seria mostrar também a característica do rebatizado Departamento de Defesa, renomeado por Trump de Departamento de Guerra, e enviar o sinal de que os EUA agem na ofensiva.

A autorização formal dada por Trump significa que a CIA tem agora permissão de agir unilateralmente na Venezuela ou em conjunto com uma operação militar de larga escala —isto é, uma invasão, cenário extremo temido por Caracas.

O New York Times afirma que Trump decidiu autorizar as operações secretas depois de abandonar esforços diplomáticos com a ditadura venezuelana essa semana, avaliando que pouco progresso foi feito.

A Casa Branca chegou a recusar um acordo que daria aos EUA participação dominante na indústria de petróleo da Venezuela, país com as maiores reservas de óleo do mundo, em favor de perseguir uma estratégia de derrubar Maduro do poder por meio da força. Essa seria a opção preferida pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e pelo diretor da CIA, John Ratcliffe.

Rubio, filho de cubanos exilados, fez carreira política como forte opositor de regimes de esquerda na América Latina e defende há tempos a retirada de Maduro do poder. Recentemente, o chefe da diplomacia americana chamou o ditador de governante ilegítimo e narcoterrorista —Maduro disse ter sido reeleito em 2024 em pleito repleto de acusações de fraude.

 

 
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