O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, defendeu nesta sexta-feira (10) a importância da retomada dos direitos sociais no país durante o terceiro mandato do presidente Lula.
A proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu de 4,1% para 3,2% entre 2023 e 2024, chegando ao menor nível desde 2004. Em termos absolutos, dois milhões de brasileiros deixaram a fome em 12 meses (de 8,47 milhões em 2023 para 6,48 milhões no ano passado).
De acordo com o ministro, “a redução da fome" na população brasileira é um "passo para cada vez mais alcançarmos a redução da pobreza e crescimento da classe média e alta". "Um Brasil forte economicamente, mas também com menos desigualdade”, afirmou.
“Através de políticas de saúde para alcançar gerações mais saudáveis e tendo a educação como alicerce para ampliar o nível de educação e profissionalização, abrindo portas para mais empregos e mais pequenos negócios, e apoio para cada vez mais crescer a cada ano o número de brasileiros e brasileiras na classe C, B e A”, continuou Wellington
O percentual de domicílios em condição de segurança alimentar subiu de 72,4% em 2023 para 75,8% em 2024. Na prática, isso significa que 8,8 milhões de pessoas, em um ano, passaram para esse patamar, em que a alimentação passa a ser uma garantia cotidiana.
Comparações com o período 2019-2022
O IBGE não realizou pesquisa com base na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) entre 2019 e 2022. Mas a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou metodologia similar no ano de 2022.
Aquele estudo registrou um número de 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, ou 15,5% dos domicílios.
De acordo com o governo Lula, a proporção de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar grave caiu mais de 12 pontos percentuais desde o início da gestão do Lula. Em números absolutos, 26,5 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave em dois anos.
‘Marco importante’
Em sua mensagem, o ministro aproveitou para sair em defesa do governo Lula e recordou que o Brasil voltou a ficar no Mapa da Fome entre 2016 e 2022, durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Segundo Wellington, o país conseguir deixar o Mapa da Fome é um “marco importante”.
“Alcançar a redução da fome no Brasil para o mais baixo patamar da história, e em apenas dois anos.
Sob a coordenação do Presidente Lula e um trabalho dedicado do time do MDS é muita gente em cada canto do Brasil, sim, foi um marco importante, conforme divulgou o IBGE, com o estudo EBIA - Escala Brasileira da Insegurança Alimentar.
Semelhante ao resultado da FAO / ONU, com parâmetro próprio do Brasil, que anunciou o Brasil Fora do Mapa da Fome, no resultado do ano de 2024”, acrescentou.
“O Brasil que tinha alcançado o patamar de 3,2% em 2013 e depois que desmantelaram todos os programas sociais e de segurança alimentar de 2017 para frente, e a fome foi crescendo e chegamos a cerca de 33 milhões de pessoas no mapa da fome e em 2023 e 2024, reduzimos mais de 25 milhões que saíram da insegurança alimentar, fruto de muito trabalho para este feito histórico”.
Ações anunciadas pelo governo
Uma das ações do governo foi o lançamento do Plano Brasil Sem Fome (BSF), em 31 de agosto de 2023, sob responsabilidade dos 24 ministérios que integram a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
Eixos estruturantes do Plano
Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania
Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo
Mobilização para o combate à Fome.
Metas
Tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030;
Reduzir, ano a ano, as taxas totais de pobreza;
Reduzir a insegurança alimentar e nutricional, especialmente a insegurança alimentar grave.
Estratégias
Aumento da renda disponível das famílias para comprar alimentos;
Mapeamento e identificação de pessoas em insegurança alimentar para inclusão em políticas de proteção social e acesso à alimentação;
Mobilização dos governos, dos poderes públicos e da sociedade civil para integrar esforços e iniciativas de combate à fome.