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Petrobras lucra R$ 26,6 bilhões no 2º trimestre e anuncia R$ 8,6 bilhões em dividendos
No mesmo período do ano passado, estatal havia registrado prejuízo de R$ 2,6 bilhões
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 08/08/2025 08:31
NOTÍCIA
Rio de Janeiro

Petrobras teve lucro de R$ 26,6 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. Pelo resultado, a estatal anunciou a distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos a seus acionistas.

Nos primeiros seis meses do ano, a Petrobras acumula lucro de R$ 61,8 bilhões. Já os dividendos anunciados pelos resultados de 2025 somam R$ 20,3 bilhões.

"Tivemos uma excelente performance operacional no segundo trimestre, impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação", afirmou em comunicado o diretor financeiro da estatal, Fernando Melgarejo.

 

O segundo trimestre da Petrobras foi marcado por aumento de 7,8% na produção de petróleo e gás natural, que chegou a 2,9 milhões de barris por dia, impulsionada principalmente pelo navio-plataforma Almirante Tamandaré, o maior que a empresa tem em operação.

A produção de combustíveis pelas refinarias da companhia caiu 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas houve aumento de 0,8% nas vendas, que chegaram a 1,8 milhão de barris por dia.

A receita de vendas da Petrobras caiu 2,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, para R$ 116,1 bilhões. Já o Ebitda cresceu 5,1%, para R$ 52,2 bilhões. Desconsiderando efeitos não recorrentes ocorridos no segundo trimestre de 2024, houve queda de 7,1%.

 

Naquele período, a companhia contabilizou provisões para pagar acordo para quitar dívidas tributárias de R$ 20 bilhões com a União. Desconsiderando esse efeito, o lucro líquido teria sido de R$ 28 bilhões. Sem efeitos extraordinários, o lucro do segundo trimestre de 2025 foi R$ 23,1 bilhões.

Melgarejo destacou que a Petrobras conseguiu manter o lucro no mesmo patamar do trimestre anterior, desconsiderando efeitos não recorrentes, mesmo com o preço do petróleo 10% mais barato. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, a cotação média do petróleo caiu ainda mais: 20,2%.


Esse movimento ajudou a reduzir em 17,5% o lucro da área de exploração e produção da companhia, que fechou o segundo trimestre em R$ 22,4 bilhões —o impacto negativo do preço foi parcialmente compensado pelo aumento da produção.

Derrubou também o preço médio dos combustíveis vendidos pela estatal para o menor valor desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT): R$ 486,89 por barril. Responsável pela produção de combustíveis, a área de refino, transportes e comercialização teve queda de 15,8% no lucro, para R$ 1,2 bilhão.

A Petrobras informou que investiu US$ 4,4 bilhões (R$ 25 bilhões, pela cotação média do trimestre), 32% a mais do que no segundo trimestre de 2024, principalmente no desenvolvimento da produção de campos no pré-sal e na conclusão de obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

 

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 319,5 bilhões, 0,7% inferior ao registrado no fim do trimestre anterior. Deste total, R$ 140,7 bilhões referem a dívida financeira. Outros R$ 230,7 bilhões são arrendamentos de plataformas de petróleo.

A Petrobras afirmou que os dividendos anunciados nesta quinta estão de acordo com sua política de remuneração aos acionistas, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre quando a dívida estiver abaixo do teto estabelecido pelo plano estratégico.

"Esta distribuição não compromete a sustentabilidade financeira da companhia", disse, em comunicado ao mercado.

 

 
 
 
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