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Atuando contra o Brasil nos EUA, Eduardo Bolsonaro volta a receber salário da Câmara e mantém gabinete
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 06/08/2025 20:31
NOTÍCIA

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro, voltou a receber salário neste mês.

Com o fim da licença parlamentar em 20 de julho, período em que o Congresso estava em recesso, o deputado teve creditado R$ 17 mil brutos, valor proporcional ao mês.

Segundo o jornal O Globo, o Portal da Transparência da Câmara, aponta que, após os descontos obrigatórios, o montante líquido recebido foi de R$ 13.338,69.

Apesar do pagamento, o parlamentar não tem acesso à quantia.

Desde o mês passado, todas as contas bancárias de Eduardo Bolsonaro, incluindo suas chaves PIX, estão bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ordem também proíbe movimentações de bens móveis e imóveis em nome do deputado.

Em nota oficial, a Câmara dos Deputados confirmou o depósito.

De acordo com a reportagem, a Casa informou que a decisão judicial para bloqueio dos salários chegou no dia 24 de julho, três dias após o fechamento da folha de pagamento.

Segundo o comunicado, os próximos vencimentos serão retidos.

No entanto, os vencimentos dos secretários parlamentares seguem sendo pagos, já que não há impedimento legal enquanto o deputado mantiver seu mandato.

A reportagem procurou Eduardo Bolsonaro, mas não obteve resposta.

Mesmo em solo estrangeiro e sem previsão de retorno — o deputado já declarou publicamente que não pretende voltar ao Brasil —, o gabinete de Eduardo segue em funcionamento.

Dados disponíveis na Câmara indicam que ele manteve, em julho, oito funcionários ativos, com salários entre R$ 9 mil e R$ 14 mil. O custo total da equipe foi de R$ 123 mil.

Para se manter nos Estados Unidos, o deputado conta com o apoio financeiro do pai, o Jair Bolsonaro (PL).

Em declaração feita no mês passado, Bolsonaro revelou ter enviado uma quantia considerável ao filho: “Eu botei 2 milhões na conta dele, ok? Lá fora tudo é mais caro.

Eu tenho dois netos, um de quatro e outro de um ano.

Ele está lá fora, eu não quero que ele passe por dificuldade.

É muito, é bastante dinheiro. Lá nos Estados Unidos pode não ser nem tanto, né? 350 mil dólares, mas eu quero o bem-estar dele e graças a Deus eu tive como depositar dinheiro na conta dele”, afirmou.

Segundo o ex-mandatário, os recursos enviados fazem parte dos R$ 17 milhões arrecadados em 2023, por meio de doações via Pix feitas por apoiadores para custear multas que ele recebeu durante a pandemia da Covid-19.

Bolsonaro também saiu em defesa do filho, alegando que Eduardo não realiza qualquer tipo de atividade de lobby no exterior.

“Não é lobby, são fatos, que atentam contra os direitos humanos e à liberdade de expressão.

O trabalho que ele faz lá é por democracia no Brasil”, completou. em referência à atuação do parlamentar junto a autoridades estadunidenses visando a aplicação de sanções contra o Brasil.

Nesta quinta-feira (5), em entrevista a Bela Megale, do jornal O Globo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que continua atuando junto ao governo dos Estados Unidos para ampliar sanções contra o Brasil, como retaliação à prisão domiciliar de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio”, declarou o parlamentar, que se recusa a retornar ao país sob risco de ser preso.

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