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Flávio Dino sai em defesa de Moraes após novo ataque dos EUA: “está apenas fazendo o seu trabalho”
Por CIDADE FM 91,1 Mhz - GRAJAÚ MA
Publicado em 30/07/2025 20:16
NOTÍCIA

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino manifestou nesta quarta-feira (30) apoio público a seu colega de Corte, Alexandre de Moraes, alvo de sanções anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump. A declaração foi feita por meio das redes sociais e reforça a reação institucional brasileira diante de uma decisão sem precedentes na relação entre os dois países.

“Minha solidariedade pessoal ao ministro Alexandre de Moraes. Ele está apenas fazendo o seu trabalho, de modo honesto e dedicado, conforme a Constituição do Brasil”, afirmou Dino em publicação no Instagram. O ministro também destacou que as decisões de Moraes “são julgadas e confirmadas pelo colegiado competente”, em referência ao Plenário ou à Primeira Turma do STF. Para concluir, citou um versículo bíblico do livro de Isaías: “O homem nobre faz planos nobres, e graças aos seus feitos nobres permanece firme”.

A manifestação ocorre horas após o anúncio de que o governo norte-americano aplicou sanções individuais contra Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky — um instrumento jurídico utilizado pelos EUA para punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou se envolver em corrupção. É a primeira vez que um magistrado brasileiro é alvo dessa legislação.

A sanção pode levar ao congelamento de bens nos Estados Unidos, bloqueio de transações financeiras em dólar e cancelamento de cartões de crédito emitidos por bancos norte-americanos. 

Fontes da administração Trump afirmam que o próprio presidente participou da decisão, influenciado por uma campanha conduzida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista político Paulo Figueiredo, que acusam Moraes de perseguição política contra Jair Bolsonaro e seus aliados. Moraes é relator da ação penal contra o ex-presidente, acusado de tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito.

As sanções fazem parte de uma série de ofensivas recentes do governo Trump contra o Brasil: nas últimas três semanas, Washington já havia anunciado a restrição de vistos a membros do STF e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros e a abertura de uma investigação comercial.

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