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Bolsonaro diz que exagerou ao falar 'caguei' para prisão: 'A verdade vem nesses momentos'
NOTÍCIA
Publicado em 21/02/2025

Ao justificar fala da véspera, ex-presidente diz que de vez em quando dá 'coice' para mostrar que 'somos de carne e osso'.

 

Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao Supremo sob acusação de liderar uma trama de golpe em 2022. Os crimes incluídos na denúncia somam penas que podem se aproximar de 50 anos de prisão.

 

 
 
Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (21) que exagerou ao falar "caguei" para uma eventual prisão após julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), o que pode ocorrer ainda neste ano.

"Ontem eu exagerei aqui um pouquinho. Falei que estava... assim... para uma possível prisão. Exagerei um pouco", disse.

"Mas você, de vez em quando, dá uns coice por aí para mostrar que somos de carne e osso. E a verdade vem nesses momentos. Como eu disse ontem, podia muito bem estar do outro lado, mas o lado de vocês não tem preço", completou.

Um homem está falando em um microfone, usando uma jaqueta amarela. Ele gesticula com a mão direita enquanto se dirige a uma audiência. O fundo da imagem é escuro, destacando a figura do homem.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa do 1º Seminário de Comunicação do PL, em Brasília. - Pedro Ladeira/Folhapress

As declarações foram dadas no 1º Seminário Nacional de Comunicação do PL. Nesta sexta, ele foi responsável pelo encerramento do evento, que contou com a presença de parlamentares, prefeitos, vereadores e influenciadores do partido.

 

O tom da fala do ex-presidente também foi mais ameno do que na véspera. Ainda assim, ele também citou a acusação contra ele pela trama golpista. Sem citar o nome de Alexandre de Moraes, ele disse que o objetivo do ministro do STF é tirá-lo da eleição.

 

"Não existe nada, sequer uma mensagem de zap, nada. Aquilo surpreendeu todos vocês, inclusive. Mas eles querem aqui... Vocês sabem quem é, ele. 'Tirei o cara de combate, vamos acabar com a possibilidade de retornar'. Eleição sem oposição é negação da democracia. Não tenho medo nenhum de enfrentar esses caras nas urnas. Zero", afirmou.

Mais cedo, ao deixar o evento do partido, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro evitou responder diretamente se teme a prisão de seu marido, ao ser questionada por jornalistas, preferindo lançar uma ironia: "Só o supremo poderoso que poderá dizer", afirmou, em referência a Deus, mas usando um trocadilho com o STF.

Ela também, em seu discurso, se queixou de perseguições ao seu marido e chamou-o de "ex e futuro presidente".

Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE em 2023 por oito anos. Mas, como mostrou a Folha, vem insistindo publicamente na possibilidade de que conseguirá reverter este cenário como forma de manter seu capital político em momento de fragilidade.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente da República, afirmou que o Brasil "não vive mais uma democracia" e chamou de desumano o momento que vem sendo enfrentado por sua família.

 

Carlos chorou, em mais de um momento, durante a sua fala. Logo no começo, ao falar que entrou na política por causa de seu pai, a quem chama de "velho". Depois, ao falar do momento delicado que vive e que não deseja isso para ninguém.

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