Nas quartas de final, contra o Paris Saint-Germain, Raphinha não se contentou apenas com o brilho. Marcou dois gols que garantiram a vitória por 3 a 2 e deixou claro que entendia o que é jogar uma Champions. Foi eleito o melhor em campo, não só pelos gols, mas pela maneira com que conduziu o ataque, abrindo espaços e sendo a referência.
O feito contra o PSG firmou de vez seu nome no radar de quem acompanha os jogos da Champions League. Mas ele tinha mais cartas na manga. Na semifinal, o Barcelona enfrentou o Bayern de Munique, time que dispensa apresentações, com uma das defesas mais sólidas e um histórico de títulos que impõe respeito.
Era o tipo de confronto que separa os bons dos que fazem história. E Raphinha, naquela noite, escreveu a dele. Com três gols – sim, um hat-trick contra o Bayern –, liderou o Barcelona a uma vitória retumbante por 4 a 1. Não é todo dia que alguém marca três gols contra o Bayern, ainda mais em uma semifinal de Champions.
Raphinha não apenas finalizava, mas escolhia cada movimento como se calculasse cada detalhe: o primeiro gol, um drible seco, deixava o zagueiro alemão sem reação; no segundo, um chute de fora da área que não deu chance ao goleiro; e, no terceiro, uma conclusão precisa após uma troca de passes com seus companheiros.
Foi um desempenho que mostrou não apenas a técnica refinada de um grande jogador, mas o amadurecimento de alguém que compreende o peso da camisa que veste e a importância do palco onde joga.
Contribuição para a Seleção Brasileira
O que Raphinha vem fazendo nos jogos da Champions League não é apenas impressionante; é uma declaração. O brasileiro, com seu desempenho avassalador, não deixa dúvidas de que se coloca entre as principais alternativas ofensivas para a Seleção Brasileira.
Suas atuações vão além dos números – é a maneira como ele decide partidas e abre caminho para o gol, como se fosse dono do campo. Para uma seleção que historicamente depende de um jogador que faça a diferença nos momentos de pressão, Raphinha surge como uma peça que o Brasil necessita, especialmente diante de adversários de alto nível.
Mas o impacto de Raphinha não se limita aos gols ou assistências. Sua leitura de jogo, combinada com uma capacidade de drible em espaços curtos, traz ao ataque brasileiro uma imprevisibilidade que há tempos se faz necessária.
Em um cenário onde a Seleção Brasileira precisa de renovação, ele chega com o diferencial de alguém que já provou seu valor na elite europeia, jogando contra as defesas mais duras e saindo vencedor.
É esperado que sua convocação para as próximas competições internacionais não seja apenas um teste, mas a chance de transferir o sucesso e a confiança que exibe no Barcelona para a camisa canarinho.
A verdade é que o Brasil carece de protagonistas, de jogadores que carreguem consigo a coragem e a ambição de quem joga para vencer. E Raphinha, se continuar nesse ritmo, não só merece seu lugar na seleção; ele traz consigo a esperança de um atacante que sabe que, nos grandes palcos, os holofotes são para poucos – e que ele veio para ocupá-los.