Bolsonaro afirmou ainda que, caso consiga reverter sua inelegibilidade, ganharia de Lula em 2026. "Eu tenho certeza de que eu ganho."
"Quem é o substituto de Lula na política? Não tem. De Bolsonaro? Tem um montão por aí. Eu colaborei a formar lideranças, estou muito feliz com isso", disse o ex-presidente.
"O candidato a presidente é Bolsonaro", reforçou Tarcísio.
O governador também foi questionado sobre em qual data iria sair do Republicanos para se filiar ao PL, mas apenas sorriu e disse que só responderia sobre a eleição de São Paulo.
Ao falar da disputa em Goiânia, Bolsonaro criticou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com quem trava uma batalha na cidade. Caiado, que é cotado como um presidenciável em 2026, apoia Sandro Mabel (União Brasil), enquanto Bolsonaro quer que Fred Rodrigues (PL) vença.
Bolsonaro disse que estará em Goiânia "no domingo, votando com o Fred".
"O que nos surpreendeu agora, segundo eu vi na imprensa, o Caiado aceitou o apoio do PT pelo Sandro Mabel. Quem diria, o cara da UDR (União Democrática Ruralista), que fala grosso, gosta de ranger os dentes, e está aí, agora aceitou o apoio do PT. O PT não apoia de graça, não tem amor lá não. Alguma coisa foi acertada", completou.
Antes de deixar a churrascaria na qual ocorreu a conversa com a imprensa e o evento de campanha de Nunes, Bolsonaro foi perguntado sobre qual a sua avaliação do evento. O ex-presidente respondeu "nota 10" e disse que está confiante com a campanha de Nunes.
Tarcísio também avaliou como positiva a participação de Bolsonaro no almoço. "A militância está muito animada, e eu estou sentindo isso na rua, eu acho que ajudou sim", afirmou.
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no ano passado, Bolsonaro não poderá figurar nas urnas eletrônicas pelo menos até 2030.
Ele foi condenado por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação sob acusação de difundir mentiras sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores e utilizar eleitoralmente o evento de comemoração do Bicentenário da Independência.
Em 2018, o atual presidente Lula (PT) tentou concorrer ao cargo mesmo preso e condenado em segunda instância sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo caso do tríplex do Guarujá.
O TSE, no entanto, barrou o registro de candidatura com base na Lei na Ficha Limpa, que determina que estão inelegíveis os condenados por decisão de órgão colegiado. Em 2022, o petista pôde concorrer em decorrência da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de anular a condenação.