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Datafolha: Marçal (21%) cresce e empata com Boulos (23%) e Nunes (19%) na liderança em SP
NOTÍCIA
Publicado em 22/08/2024

Bolsonaro ironiza marçal, diz que apoia Nunes

Influenciador tem sete pontos a mais do que há duas semanas; em quarto, Datena oscila para 10%.

O influenciador Pablo Marçal (PRTB) cresceu sete pontos em duas semanas e está empatado na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo o Datafolha. Ele marcou 21%, no mesmo patamar do deputado Guilherme Boulos (PSOL), que oscilou de 22% para 23%, e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi de 23% para 19%.

Marçal ultrapassou numericamente o prefeito de SP e deixou para trás o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que também havia registrado 14% e agora está com 10%. O influenciador subiu no espaço da queda de Nunes e do tucano.

Fotos de três homens brancos, de barba e cabelos escursos. Guilherme Boulos veste terno escuro com camisa azul e gravata cinza, Pablo Marçal, camisa preta, e Ricardo Nunes, camisa branca com paletó escuro.
Da esq. para a dir, os líderes da corrida eleitoral em SP Boulos, Marçal e Nunes - Pedro Ladeira e Bruno Santos/Folhapress

Depois deles vêm a deputada Tabata Amaral (PSB), que oscilou de 7% para 8%, e a empresária Marina Helena (Novo), que ficou em 4%. Disseram votar em branco e nulo 8% (eram 11%), e não souberam responder 4% (3% na anterior).

 

A margem de erro da pesquisa, realizada na terça (20) e na quarta (21), é de três pontos percentuais. Contratado pela Folha e pela Rede Globo, o levantamento ouviu 1.204 eleitores na capital, e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-08344/2024.

O crescimento do autodenominado ex-coach faltando uma semana para o começo da propaganda eleitoral gratuita o confirma como fenômeno desta eleição na principal cidade brasileira até aqui, baseado em uma forte presença e engajamento em redes sociais aliada a uma imagem antiestablishment.

Sem histórico político e acumulando polêmicas devido a seu passado nebuloso, que inclui condenação criminal, agressividade exacerbada contra adversários, ausência de propostas exequíveis, associações suspeitas de seus aliados com o crime organizado e desprezo pelas regras do jogo e pela Justiça Eleitoral, ele nem estava no páreo até maio.

Na pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor cita seu nome preferido sem ver a lista de candidatos, ele pulou de 1% no fim de maio para 13% agora. Boulos segue à frente com 17% (eram 13% em maio) e Nunes oscilou de 9% para 7%.

A presença de Marçal lança desafios diversos aos seus adversários. Nunes é o mais afetado, pois o dito ex-coach avança de forma incisiva sobre votos do bolsonarismo, sendo o líder nesse grupo —44% dos que votaram em Jair Bolsonaro (PL) para presidente em 2022 o apoiam, ante 29% que diziam isso há duas semanas.
Bolsonaro até tentou intervir de forma morna no processo, dado o entusiasmo de seu entorno com o novato, dizendo que pode até não se animar com Nunes, mas o emedebista é seu candidato. Com efeito, o prefeito oscilou de 38% para 30% entre os eleitores do ex-presidente, mesmo tendo subido o tom contra Marçal.
 
 
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