Familiares e amigos de Silvio Santos compareceram ao enterro do apresentador, na manhã deste domingo (18). O corpo do dono do SBT foi sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, por volta das 9h20.
A cerimônia fechada para o público foi breve, mantendo a discrição pedida por Silvio. O sepultamento começou pouco antes das 9h e contou com a presença de Iris Abravanel, das filhas do apresentador e alguns famosos, como Celso Portiolli, Carlos Alberto de Nóbrega e César Filho.
O que falta acontecer na vida corintiana na rodada
Alguns fãs foram à porta do local, levando cartazes e homenagens com a foto do apresentador. Apesar disso, o ambiente estava silencioso, em clima de respeito.
Na saída do cemitério, Daniela e Rebeca falaram rapidamente com a imprensa. Ambas agradeceram a presença e apoio dos que lá que estavam.
A reportagem apurou que, em respeito à família, canais de TV evitaram helicópteros no sepultamento. Embora o uso de helicóptero pelo SBT tenha sido descartado desde o início do planejamento para registrar a ocasião, havia uma insegurança sobre o que fariam se outros canais de TV sobrevoassem o cemitério para captar imagens da cerimônia, o que, felizmente, acabou não ocorrendo.
Silvio Santos não queria velório. O corpo do apresentador foi sepultado seguindo o rito judaico e sem velório, como pedido por ele. Silvio morreu ontem, às 4h50, de broncopneumonia decorrente de influenza (H1N1).
Rito judaico
Na tradição judaica, o enterro do corpo é feito sem ostentação. Segundo a Congregação Israelita Paulista, o objetivo é "frisar a igualdade de todos os seres humanos em sua morada final". Assim, o enterro ocorre sem ostentação, enfeites ou flores.
Os judeus não cultuam os mortos. Ainda conforme a CIP, os rabinos temiam a tendência humana de cultuar os mortos. Assim, para evitar a idolatria, o local do sepultamento de Moisés é desconhecido.
Não há o costume de exibição do morto em caixão aberto. Pela tradição judaica, a exibição do morto é considerada um "desrespeito ao falecido", conforme cartilha do Cemitério Israelita de São Paulo. Assim que a morte é constatada, o corpo deve ser coberto por um lençol.
O corpo é sepultado com uma mortalha branca e simples. Outra tradição é a de lavar o corpo antes do enterro. O ritual simboliza a purificação e uma homenagem prestada ao falecido.
Pelo judaísmo, o corpo deve ser sepultado quanto antes. Se possível, o enterro deve ocorrer no mesmo dia da morte. Há exceção para o dia do Shabat, quando não se deve realizar o enterro (o shabat vai do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado). Para a tradição judaica, adiar o sepultamento é visto como um desrespeito com o morto, ao acreditarem que a alma só descansa depois que o corpo é enterrado.