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Indígena é preso pela PF por extração e venda ilegal de madeira em terra indígena, na região central do MA
NOTÍCIA
Publicado em 17/07/2024

A prisão foi realizada durante a operação Conluio Exploratório na terra indígena Geralda Toco Preto, que fica localizada entre os municípios de Arame e Itaipava do Grajaú.

Um indígena foi preso, nesta terça-feira (16), pela Polícia Federal (PF), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. A prisão foi realizada durante a operação Conluio Exploratório na terra indígena Geralda Toco Preto, que fica localizada entre os municípios de Arame e Itaipava do Grajaú, na região central do estado.

Segundo a PF, o preso é investigado pelo crime de extração e comercialização ilegal de madeira em de terras indígenas, inseridas na Amazônica Legal, no Maranhão. Além do indígena, uma segunda pessoa investigada também era alvo de um mandado de prisão, porém, ela não se encontrava no domicílio no momento da operação e agora é considerada foragida da justiça.

Os dois mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Juízo da 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Justiça Federal, após a PF identificar que os investigados seriam responsáveis pela extração e venda ilegal de madeira oriunda da terra indígena Geralda Toco Preto.

Segundo a PF, os dois investigados foram indiciados pelos crimes de:

desmatamento, exploração econômica ou degradação de floresta nativa em terras de domínio público, sem autorização do órgão competente;

exploração de matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal.

Caso eles sejam condenados, poderão receber penas que ultrapassam nove anos de prisão, considerando que os investigados praticavam os crimes de forma continuada e habitual.

A operação realizada nesta terça é a segunda fase da operação Kreepym-Katejê, a qual identificou que havia uma parceria entre indígenas, madeireiros, fazendeiros e políticos locais na extração ilegal e comercialização da madeira, sendo que alguns indígenas permitiam a extração de madeira, em troca de vantagem econômica indevida.

A terra indígena Geralda Toco Preto, onde a PF realizou as duas fases da operação, é a segunda Terra Indígena que sofre maior pressão de desmatamento, de acordo com estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Primeira fase da Operação Kreepym-Katejê 

A Polícia Federal (PF) cumpriu, no dia 26 de março deste ano, três mandados de busca e apreensão em uma operação contra a extração e comercialização ilegal de madeira extraída da Terra Indígena Toco Preto, localizada na região da Amazônia Legal, no Maranhão.

A operação Kreepym-Katejê foi realizada após a PF identificar, por meio da geotecnologia, um crescente desmatamento na Terra Indígena Toco Preto, situada entre as cidades de Itaipava de Grajaú e Arame. A madeira nativa extraída da área seria destinada para serrarias ou movelarias.

Segundo a PF, um dos beneficiados com o esquema, seria um ex-vereador de Itaipava do Grajaú, que é dono de serrarias e movelarias na região. O suspeito que, não foi identificado, seria o receptador da madeira extraída ilegalmente.

Dois dos três alvos da operação de busca e apreensão, já são condenados por meio de Ação Civil Pública (ACP) a reflorestar 490 hectares da área onde vivem indígenas da etnia Krepumkateyê.

Por g1 MA — São Luís

16/07/2024 12h08  Atualizado há 16 horas

 

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