O Maranhão registrou 10 feminicídios em 2024 até esta segunda-feira (25). É o equivalente a uma mulher assassinada a cada semana. Casos que deixam um buraco nas famílias, causam revolta e levantam a pergunta: como é possível reduzir este número? No mesmo período de 2023, foram 9 crimes desta natureza, conforme dados disponibilizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A décima vítima foi identificada como Ingrid Taís Ferreira Rocha, 21 anos, morta no Povoado Campo de Lírio, zona rural da cidade de São Benedito do Rio Preto. O corpo da jovem foi encontrado em uma região de matagal, neste domingo (24) com marca de tiro. O ex-companheiro é o principal suspeito de ter cometido o crime.

Segundo a mãe da vítima, Maria Antônia, ele tinha várias passagens pela polícia por agressão à filha dela. Dona Maria acredita que a motivação para o crime é que ele não aceitava o fim do relacionamento. Ingrid deixou duas crianças e um bebê de 11 meses.

“Eles brigavam muito, ele tinha muito ciúme dela e ela não podia sair só. Ela dizia, ‘mãe, eu tô sendo muito ameaçada, eu não posso sair, porque ele diz que pode ir até no inferno e ele me mata’. Uma vez ele até me chamou pra me bater”, relatou.

Dona Maria Antônia confessou que o suspeito ameaçava bater até nos familiares, caso fizessem alguma intervenção no casamento deles. Além disso, ela contou que batia nas crianças que eram filhos de Ingrid quando estava em outro relacionamento. Ela abriu um processo contra o ex-companheiro em janeiro deste ano.

Após cometer o crime, o homem deixou o corpo da vítima dentro de um matagal próximo ao local em que eles moravam e até o momento ele está foragido.

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