Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
Dramático e sem precedentes: o que relatório revela sobre calor no planeta
11/01/2024 09:54 em NOTÍCIA

 

O ano de 2023 atingiu o recorde como o mais quente desde 1850, segundo novo relatório do observatório europeu Copernicus.

O que relatório revela sobre calor no planeta?

Os primeiros sinais de que 2023 estava no caminho para se tornar o ano mais quente da história começaram a surgir no início de junho, quando as temperaturas passaram a ultrapassar temporariamente em 1,5°C as temperaturas pré-industriais, de 1850-1900 —antes das emissões de poluentes passarem a afetar o clima global. Durante o restante do ano, as anomalias diárias da temperatura global tornaram-se uma ocorrência regular.

"As temperaturas globais sem precedentes a partir de junho fizeram com que 2023 se tornasse o ano mais quente de que há registro", diz o estudo.

2023 teve uma temperatura média global de 14,98°C. Segundo a agência europeia do clima, o número representa um aumento de 0,17°C em relação ao recorde anterior, registrado em 2016. Com isso, o ano passado bateu o recorde como o mais quente desde 1850.

"Quase todas as áreas terrestres registraram temperaturas acima da média em 2023", aponta o relatório. Exceto na Austrália, as temperaturas médias do ano que passou foram as mais quentes já registradas, ou próximas das mais quentes, em partes consideráveis de todas as bacias oceânicas e de todos os continentes.

Os extremos que observamos nos últimos meses fornecem um testemunho dramático de quão longe estamos agora do clima em que a nossa civilização se desenvolveu. Isto tem consequências profundas para o Acordo de Paris e todos os esforços humanos.

Carlo Buontempo, diretor do Copernicus

De junho a dezembro, todos os meses foram mais quentes na comparação com o respectivo mês de 2022. No ano inteiro, julho e agosto foram os meses com as maiores temperaturas, enquanto dezembro foi o mais quente da história ao nível mundial.

Com esses dados, o relatório concluiu que 2023 foi 1,48°C mais quente do que o nível das temperaturas pré-industriais. O órgão ainda prevê que é provável que o período de 12 meses terminado em janeiro ou fevereiro deste ano exceda de fato em 1,5°C o nível pré-industrial.

 

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!