A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou os corpos dos suspeitos de assassinar três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.
O que aconteceu
Os corpos foram encontrados em dois carros na zona oeste do Rio. Dois deles foram identificados — um é de Philip Motta Pereira, que tem o vulgo Lesk, e o outro de Ryan Nunes de Almeida.
Lesk estava no veículo localizado na Gardênia. Ele estava foragido da Justiça, e teve a prisão decretada por associação para o tráfico em setembro de 2019.
Reportagem da Folha de S. Paulo afirma que a polícia apura se o Comando Vermelho tem envolvimento na morte dos milicianos suspeitos do assassinatoe assassinar os médicos.
Segundo a polícia, três corpos estavam dentro de um carro na rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro. O quarto foi encontrado no segundo veículo, na avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul. Exames periciais serão feitos para confirmar as outras identidades.
O grupo teria atirado contra quatro médicos ortopedistas. Marcos de Andrade Corsato, 62, Perseu Ribeiro Almeida, 33, e Diego Ralf de Souza Bomfim, 35 morreram — esse último era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP).
A investiga suspeita que os médicos assassinados foram mortos por engano. Um informante do grupo rival ao de um miliciano de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, teria confundido o criminoso com o ortopedista Perseu Almeida.
Almeida teria sido confundido com Taillon Barbosa, acusado de integrar uma milícia da zona oeste do Rio. Em dezembro de 2020, o Ministério Público denunciou o miliciano de 26 anos por liderar um grupo que atuava na região de Rio das Pedras, Muzema e áreas próximas.
Os assassinos teriam ido ao "quiosque errado" para executar as vítimas. Segundo apurou o UOL, os suspeitos receberam a a informação de que Taillon frequentava o "Quiosque do Naná", reduto da milícia da qual ele faz parte.
Em áudio obtido pelo UOL, o informante diz que os alvos da milícia estariam no "Quiosque do Naná 2", que fica a menos de 100 metros do "Quiosque do Naná". Quem estava lá, entretanto, eram os médicos.
Investigadores dizem acreditar que o grupo atirou contra todos os médicos por acreditar que eles faziam a segurança armada do miliciano.
Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que os homens descem de um carro branco e correm em direção aos médicos. Nenhum pertence das vítimas foi levado.
A quarta vítima, Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque, está estável, lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos, segundo o boletim médico .