Durante inspeção, o Ministério Público do Maranhão constatou a falta de reagentes para dosagem de ferritina e hemoglobina glicada, essenciais para a realização de exames de sangue, nos estoques da unidade de saúde.

Nesta quarta-feira (23), o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) emitiu uma Recomendação Notificatória ao secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Tiago Fernandes, e ao presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), Marcello Duailibe, solicitando a regularização do estoque de  insumos no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar).

A recomendação foi emitida após o MP-MA constatar, durante inspeção realizada nessa terça-feira (22), no Hemomar, em São Luís, a falta de reagentes para dosagem de ferritina e hemoglobina glicada, essenciais para a realização de exames de sangue, nos estoques da unidade de saúde.

Com a falta de  insumos, pacientes com hemofilia e anemia falciforme estão com o tratamento interrompido.

A inspeção foi feita após o MP-MA receber denúncias de pacientes que se deslocaram de cidades do interior do Maranhão, para realizar o tratamento de hemofilia e anemia falciforme, mas voltaram para casa sem atendimento.

Segundo a titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, Glória Mafra, o desabastecimento de insumos foi confirmado em uma lista fornecida pela diretora-geral do Hemomar, Clícia Galvão, após requisição do MP-MA, durante a vistoria.

“Os exames são indispensáveis para o monitoramento dos pacientes e, consequentemente, para o manejo terapêutico das doenças. Como os médicos podem alterar doses dos medicamentos, formas de prescrição e evitar o agravamento do quadro de saúde sem os dados essenciais que deveriam ser garantidos nos exames? A situação é gravíssima e chamamos a atenção pois o direito à saúde precisa ser garantido”, alertou Glória Mafra.A promotora aponta, ainda, que os insumos são essenciais para a realização de exames que possibilitam o acompanhamento do quadro clínico de pacientes com doenças hematológicas, porém, alguns estão em falta e outros estão prestes a acabar.

“O que não tem estoque zero, está no limite, ou seja, com desabastecimento iminente. Os exames não realizados por falta de insumos impedem os médicos de ajustarem, modificarem ou manterem as medicações com segurança dentro dos parâmetros clínicos”, destaca Mafra.

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde e com a EMSERH e aguarda um posicionamento dos mesmos.

De acordo com a agência Tass, um avião da Embraer teve uma queda na Rússia e dez pessoas morreram depois que um jato executivo teve um acidente em uma região perto de Moscou.

Por g1 MA

23/08/2023 18h11  Atualizado há 14 horas